Com um mercado de obrigações hesitante e as commodities em crise, 2013 não foi um ano fácil para as estratégias multiactivos. Ainda assim alguns gestores conseguiram “movimentar-se” com êxito neste contexto.
2013 não foi um ano fácil para os gestores de multiactivos. Um mercado de obrigações que esteve longe de brilhar, e o mau comportamento registado pelas matérias primas (principalmente o ouro) complicaram a situação dos gestores que seguem este tipo de estratégias. Na maioria dos casos estes profissionais viram as ações converterem-se nas principais fontes de rentabilidade. No entanto, existiram muitos casos de gestores capazes de mover-se com sucesso neste contexto. Os fundos com maior êxito foram os produtos da Rothschild, R Club e R Valor. Estes são produtos mistos flexíveis, que no ano passado conseguiram posicionar-se como os mais rentáveis, obtendo 29,1% e 25% de retorno, respetivamente. O sucesso consolidou-se com a forte exposição de ambos os produtos a ações, que atualmente perfaz 65% e 90% da carteira, respetivamente.
Dentro da categoria de fundos mistos globais mais rentáveis de 2013 com um património superior a 100 milhões de euros elaborada pela Morningstar destacam-se os fundos da Franklin Templeton, que foi a única gestora que no ano passado conseguiu posicionar quatro dos seus produtos no ranking dos que obtiveram rentabilidades de dois dígitos. O fundo que teve maior êxito foi o Templeton Global Balanced, que ganhou 17,9%. Atualmente a estratégia de Michael Hasenstab, um dos gestores do fundo, passa por alocar 60% da carteira a ações, manter quase 30% de liquidez e destinar 10% a ativos de dívida. Por regiões, Estados Unidos (32%) e Zona Euro (29%) são as regiões de maior peso. Os outros três fundos da gestora que entram no ranking são o Templeton Global Income (16,2%), o Franklin Income (10,8%) e o Franklin Temp Global Fund Str (14,6%).
Do total de produtos que figuram no ranking dos que conseguiram rentabilidades de dois dígitos, figura também o fundo BGF Global Allocation. O fundo da BlackRock, englobado dentro da categoria “mistos moderados” e cujo gestor mais destacado é Dennis Stattman, acabou o ano passado com uma rentabilidade de quase 15%. Atualmente, 64% do fundo está investido em ações. Tal como o Templeton Global Balanced, este produto destaca-se pelo elevado posicionamento em liquidez (22%) e o escasso peso de obrigações (16%). No entanto, no caso deste fundo, a aposta no mercado norte-americano é maior, compondo 50% da carteira. Segue-se a predominância da Zona Euro e Japão, cujo peso na carteira ascende aos 13%, nos dois casos.
Dentro da categoria “mistos moderados” também brilharam no ano passado alguns fundos de grandes gestoras internacionais, como a Schroders (Shroder ISF Balanced Portfolio), Pioneer Investments (Pioneer PF Global Balanced 50), ING Investment Management (ING Patrimonial Balanced) ou UBS Global AM (UBS KSS Glbl Allocation). Esta última gestora consegue, para além disso, posicionar outros dois produtos: um na categoria de “mistos flexíveis” e outro em “mistos moderados”. Dentro da categoria “mistos agressivos” figura ainda o First Eagle International, da Amundi. A baixo segue o ranking da Morningstar de fundos mistos com um património superior a 100 milhões de euros, e que no ano passado conseguiram oferecer aos seus investidores rentabilidades acima de dois dígitos.
Fonte: Morningstar Direct