Veja quais são os fundos multiativos nacionais que foram geridos de forma mais eficiente nos últimos três anos.
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Consoante a componente acionista em carteira, a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP – divide os fundos multiativos em três segmentos: os defensivos, os equilibrados e ainda os agressivos. No primeiro caso, os fundos multiativos mais defensivos não investem mais de 35% em ações enquanto os equilibrados não investem acima de 65%. Já nos fundos multiativos agressivos o investimento em ações é de pelos menos 65% da carteira.
Uma forma alternativa de analisar os fundos - além da análise simples às rendibilidades - é através da sua eficiência. Assim, a pergunta impõe-se: quais são os fundos multiativos nacionais que foram geridos de forma mais eficiente nos últimos três anos? Uma das formas de responder a esta questão é através do rácio de Sharpe que explica qual foi a rendibilidade que o gestor foi capaz de gerar sobre o ativo sem risco (risk free) por cada unidade de risco assumida. Isto é, quanto maior for o rácio de Sharpe, mais eficiente foi a gestão no período em análise.
De todos os fundos que apresentam dados nos últimos três anos - no final de fevereiro - aquele que regista o Sharpe Ratio maior é o Santander Private Moderado que é gerido pela Santander Asset Management e que apresenta um rácio de 0,57. Segundo o prospecto do produto, o fundo "investirá no mínimo 70% do seu valor líquido global em unidades de participação de fundos de investimento abertos com diferentes graus de risco e rentabilidade, incluindo os fundos geridos pela sociedade gestora, cujos objectivos sejam compatíveis com os do fundo." No final de fevereiro, o maior investimento em carteira era realizado no fundo Vanguard European Stk Idx Inst EUR, que é da responsabilidade da Vanguard.
Com um rácio de Sharpe de 0,54 vem o IMGA Prestige Conservador. Gerido por Pedro Vieira, este fundo da IM Gestão de Ativos "apresentou em fevereiro uma rendibilidade positiva beneficiando de contributos positivos de todas as classes de ativos", conforme se pode ler na factsheet de fevereiro. No mesmo documento, o gestor admite que uma estabilização das surpresas macro pode conduzir "a uma moderação dos ganhos registados no início de ano, persistindo o risco político um condicionante dos ativos europeus". Em termos de ativos em carteira, dois terços está investida em obrigações, com o maior investimento a materializar-se num ETF, o db x-trackers II - Eurozone Government Bond UCITS.
O top 3 é fechado com mais um produto da Santander Asset Management: o Santander Select Moderado, com um Sharpe ratio de 0,52. O fundo é gerido por Toby Vaughan e na ficha do produto, referente ao mês de fevereiro, o profissional destacou que a "performance do fundo em fevereiro beneficiou da evolução positiva dos mercados acionistas e dos mercados obrigacionistas europeus". Além disso, Toby Vaughan refere, também, que "a carteira não sofreu alterações substanciais durante o mês", com destaque para o "aumento do peso da alocação a ações europeias em cerca de 25 pontos base para 22%", com a exposição a Retorno Absoluto a recuar "cerca de 40 pontos base para 16,2%". Assim, no final do mês a carteira estava investida em 32,9% de ações e 42,8% em obrigações.
Os sete fundos com maior Sharpe ratio nos últimos três anos
Fundo | Categoria nos multiativos | Gestora | Sharpe Ratio 3 anos |
Santander Private Moderado | Defensivo | Santander Asset Management | 0,57 |
IMGA Prestige Conservador | Defensivo | IM Gestão de Ativos | 0,54 |
Santander Select Moderado | Defensivo | Santander Asset Management | 0,52 |
Santander Private Defensivo | Defensivo | Santander Asset Management | 0,51 |
Montepio Multi Gestão Equilibrado | Equilibrado | Montepio Gestão de Activos | 0,50 |
Montepio Multi Gestão Prudente | Defensivo | Montepio Gestão de Activos | 0,50 |
Santander Private Dinâmico | Equilibrado | Santander Asset Management | 0,47 |
Fonte: Morningstar no final de fevereiro de 2017.