Os fundos portugueses de obrigações ganham fôlego em 2019

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LagoAR. Flickr Creative Commons

Depois da tempestade vem a bonança. É um provérbio que se aplica em muitas situações, mas que nem sempre resulta linear quando falamos de mercados financeiros. Contudo, uma lição que a experiência dá a todos os investidores e profissionais do investimento, mais cedo ou mais tarde, é que a paciência é uma virtude e que os pânicos de mercado são melhor enfrentados com a cabeça fria e um investimento paciente, do que com uma retirada. Mostrámos que isso é verdade em fundos de ações e em multiativos, e aqui mostramos que o mesmo se aplica nas obrigações.  

Que ano de 2018 foi negativo para os fundos de obrigações nacionais ninguém pode negar. De todos os fundos de obrigações que falam português, apenas um, o NB Obrigações Europa, da GNB Gestão de Ativos e gerido por Vasco Teles, apresentou um retorno positivo. Contudo, 2019 tem-se revelado a tal bonança que vem depois da tempestade. Desde o início do ano (com referência a dia 20 de fevereiro) que todas as categorias de fundos têm mostrado um comportamento positivo, em média, e parte das perdas registadas durante todo o ano de 2018 foram já recuperadas.

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Por exemplo, a categoria que foi mais penalizada em 2018 está coerente com o nível de risco assumido. Falamos dos fundos de obrigações high yield que em média perderam 8,39% no ano passado. Porém, como referido anteriormente, nos cerca de 40 dias de mercado que passaram em 2019, este par de fundos gerou um retorno médio de 2,8%, representando também a categoria que melhor performance mostra em 2019. E a tabela, mostra que retornos em sentidos opostos se deram em todas as categorias de fundos de obrigações nacionais. Os investidores que olharam para o ano passado como uma oportunidade e não com receio viram a sua coragem ser premiada.