Os investidores dão novos sinais nas escolhas de ETF no mês de abril

Depois de observados os fundos mais subscritos e os detalhes sobre os fundos mais resgatados, chega a vez de analisarmos as preferências dos investidores de ETF no mês de abril.

“O mês de abril foi bastante proveitoso para o mercado acionista bem como para as mercadorias de base industrial, num contexto de bons indicadores macroeconómicos, maior eficácia dos planos de vacinação nas economias do hemisfério norte que permitiu estimar uma gradual reabertura das suas sociedades com impacto no aumento do consumo e da despesa das famílias”, começa por dizer João Queiroz, head of online banking do Banco Carregosa.

Assim, no Top de ETF mais subscritos do Banco Carregosa, encontramos vários fundos que seguem os principais índices acionistas mundiais, como o S&P 500, o MSCI World, ou o Nasqad. Há semelhança do mês anterior, é também possível constatar a presença de um ETF de mercados emergentes, o Amundi ETF MSCI EMU UCITS ETF. Já contrastando com março, em que a grande novidade da entidade era a presença de um produto com exposição à criptomoeda ethereum, agora observamos a presença de um produto que segue o desempenho da bitcoin – o Bitcoin Tracker EUR.  

Numa altura em que o tema das energias limpas está cada vez mais cobiçado, os investidores do Banco Carregosa também marcam a sua convicção com a preferência pelo iShares S&P Global Clean Energy.

No Banco Best, e tal como aborda Rui Castro Pacheco, diretor-adjunto da entidade, a grande novidade deste mês é a presença no Top de um ETF que segue um índice de obrigações, “algo que não acontecia há algum tempo”. Mas este produto tem uma peculiaridade interessante, tal como explica o profissional: “O índice escolhido mostra inclusivamente uma opção por proteção contra a eventual subida da inflação americana, com o iShares € Inflation Linked Govt Bond".

No entanto, à semelhança do panorama no Banco Carregosa, no Banco Best também encontramos vários índices de ações, com grande diversidade, sobretudo no mercado americano. “É verdade que temos a presença do índice mais generalista de ações globais, com o iShares Core MSCI World, mas ao nível dos mercados americanos encontramos as médias capitalizações, com o Invesco Russell 2000, as mais tecnológicas, com o Invesco EQQQ NASDAQ-100, as de estilo value, com o Vanguard Value Index, as ligadas ao petróleo e gás, com o SPDR® S&P Oil & Gas Exploration & Production e o mercado mais alargado das grandes capitalizações, com o Invesco S&P 500”, assinala Rui Castro Pacheco.

Relativamente a preferências regionais, desta vez os investidores do Banco Best mostraram a sua preferência pela região chinesa através do iShares China Large-Cap ETF.

Por fim, talvez devido a um maior receio de uma possível subida de inflação, os investidores parecem ter começado a procurar por commodities. De facto, de notar que segundo o último Fund manager Survey da BofA, os gestores continuam a posicionar a suas carteiras nas matérias-primas. No Top 10 de ETF mais subscritos do Banco Best encontramos dois tipos de commodities. “Por um lado, encontramos a especificidade de uma única commodity energética, com o United States Natural Gas, que segue os preços do gás natural nos Estados Unidos. Por outro, encontramos um cabaz de commodities agrícolas, com o WisdomTree Agriculture, que segue um índice composto por café, milho, algodão, soja, óleo de soja, farinha de soja, açúcar e trigo”, conclui o profissional da entidade.

ETF MAIS SUBSCRITOS DE ABRIL DE 2021