Poucos são os produtos, entre os vários níveis de risco, que apresentam uma rentabilidade anualizada positiva nos últimos três anos. Conheça os que se destacam.
O vermelho parece ser a cor que mais tem ilustrado as performances das diferentes classes de ativos – e, consequentemente, das várias categorias de fundos. Este ano tem sido particularmente difícil para os investidores, com performances negativas a fazerem regredir a rentabilidade alcançada nos últimos anos, com os fundos de poupança reforma a não escaparem a este contexto mais conturbado. Olhando para a rentabilidade obtida pelos PPR (de entidades gestoras associadas da APFIPP) nos últimos três anos, este parece ser mesmo o caso, embora alguns produtos tenham sido capazes de apresentar tonalidades mais esverdeadas nesta lista.
No nível 2 de risco o destaque vai para o Santander Poupança Prudente, tendo sido o único produto (deste nível de risco) capaz de alcançar uma rentabilidade anualizada positiva no período em análise, com 0,62%. Gerido por Pedro Ribeiro, este fundo detém atualmente um volume de ativos sob gestão de 159 milhões de euros e apresenta uma carteira com maior preponderância de obrigações de empresas do sector financeiro (54,4% do total).
Os mais rentáveis
Subindo na escala de risco encontramos uma série de produtos com rentabilidade positiva, com o pódio a ser ocupado por dois produtos com nível 3 de risco e um com nível 4 de risco. O mais rentável é, precisamente, o produto de nível de risco mais elevado, tendo obtido uma rentabilidade anualizada de 3,18%. Falamos do NB PPR, cuja gestão está a cargo de Paulo Joaquim, tendo sido o único desta lista a ultrapassar a barreira dos 3% de rentabilidade anualizada. A sua carteira é maioritariamente composta por obrigações, com os sectores financeiro (18,11%) e de consumo cíclico (13,99%) a surgirem como os mais preponderantes.
O produto que se segue é o PPR 5 Estrelas, cuja gestão é da responsabilidade da Futuro e assessorada pela Montepio Gestão de Activos, e que no período em questão obteve uma rentabilidade anualizada de 1,43%. Na última carteira disponível verificamos que o segmento acionista representa mais de 16% do total da carteira, com o segmento de títulos de dívida a representar mais de metade do total (63,97%).
A fechar o trio de fundos PPR mais rentáveis surge o PPR BiG Taxa Plus, produto cuja gestão financeira está a cargo do BiG, tendo alcançado uma rentabilidade anualizada de 1% nos últimos três anos. A sua carteira é composta maioritariamente por obrigações (mais de 90% do total), com o segmento de dívida pública a representar mais de 80% desta alocação.
Nota: da análise foram excluídos os fundos com garantia de capital. Dados de 2 de novembro de 2018.
Invest AR PPR lidera fora da esfera APFIPP
Apesar de não constar na lista acima, o Invest AR PPR é o fundo PPR nacional que melhor desempenho apresenta nos últimos três anos, tendo alcançado uma rentabilidade anualizada de 5,2% (inserido no nível de risco 4). A sua carteira é composta maioritariamente por dívida privada, com as ações europeias (excluindo Portugal) a representarem 19% do total.