A análise de Bruno Pinhão, do ActivoBank, e de Rui Castro Pacheco, diretor adjunto de investimento do Banco Best, relativamente aos motivos que levaram os investidores a sair de determinadas estratégias.
Parece ser um facto adquirido que, um pouco por todo o globo, os mercados acionistas estejam a passar por momentos mais conturbados, tendo levado a quedas significativas em determinados mercados. Neste contexto, estratégias com exposição a sectores como a tecnologia e a saúde estiveram entre as quais os investidores do ActivoBank optaram por sair, “motivado pelas quedas de 6% e 8,6%, respetivamente”, afirma Bruno Pinhão. Por outro lado, verifica-se também a presença de um fundo com exposição ao Reino Unido, justificado, na opinião do profissional, pelo “impasse das negociações entre a União Europeia e o Reino Unido relativamente ao Brexit”.
O foco esteve também nos mercados emergentes, onde factores como a desaceleração da economia chinesa, a deterioração da relação entre esta e os EUA e os efeitos negativos da guerra comercial fizeram com que os investidores da entidade optassem por sair de estratégias com exposição a estes mercados. “A queda de 7,8% nos retornos mensais de mercados emergentes foi motivo que levou os investidores a resgatarem fundos com esta alocação, sobretudo na China e Índia”, avança Bruno Pinhão.
Quanto aos clientes do Banco Best, Rui Castro Pacheco, diretor adjunto de investimentos, refere que entre as estratégias mais resgatadas do décimo mês do ano estiveram um fundo de obrigações e outro de multiativos.