A equipa de research do BiG acredita que as correções sofridas pelo voto favorável ao Brexit poderão, no médio prazo, constituir uma oportunidade de entrada interessante para as ações europeias.
O mercado acionista sofreu um revés depois do Brexit. Que ponto de situação pode ser feito por esta altura? A equipa de research do BiG, para além do outlook para o terceiro trimestre sobre as principais regiões, avança ainda no mesmo documento alguns pontos sobre o que se pode esperar do mercado acionista nos próximos três meses do ano.
Sobre os EUA indicam que “o menor fulgor do crescimento dos lucros dos EUA revela-se natural, tendo em conta que estes se encontram a níveis historicamente elevados”. Do lado da Europa, por seu turno, indicam que as empresas europeias “oferecem um espaço de recuperação interessante, em função do atual estágio macroeconómico e por um mix favorável de razões (QE, taxas de juro, energia, etc)”.
Depreciação do Euro poderá ter duplo efeito
Os lucros das empresas europeias, no entender do BiG, deverão abrandar e registar um declínio de 1,8% em 2016. Contudo, alertam que, em sentido oposto, a atual depreciação do euro poderá ter um duplo efeito positivo, que se materializará “no incremento das exportações” e no “aumento do nível de lucros, pelo efeito de repatriação, obtido pelas atividades no exterior da Zona Euro”.
Para o Eurostoxx 600, o cenário base passou a incorporar um incremento dos EPS de apenas 4%, e uma compressão do múltiplo P/E em 6%. A equipa de research acredita que “as correções sofridas pelo voto favorável ao Brexit poderão no médio prazo constituir uma oportunidade de entrada interessante à luz dos fundamentais macroeconómicos e principais métricas de avaliação globalmente atrativas”.
Na análise ao índice S&P 500 os pressupostos de avaliação para o cenário base para o índice norte-americano indicam “um crescimento de EPS de 2% e uma compressão de múltiplos de magnitude semelhante”. Na opinião do BiG o novo cenário para o S&P 500 é fique pelos 2.060 pontos.
Síntese do posicionamento
No que diz respeito ao posicionamento sectorial na Europa a entidade dá conta de um overweight em três sectores em específico: Autos, Healthcare e Tecnologia. Nesses mesmos três sectores os top picks são a BMW, a Fresenius e a SAP, respetivamente.
Dentro do mercado acionista português colocam ênfase em três posições: The Navigator Company, os CTT e a Sonae.