O ODDO BHF Polaris Moderate, com Rating FundsPeople 2025, está a alocar um maior peso às ações norte-americanas e a reduzir o das ações europeias. Em obrigações, está a proteger a carteira com crédito investment grade.
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Com a economia europeia a esmorecer e a norte-americana sem dar sinais de debilidade, a supremacia dos ativos norte-americanos parece difícil de vencer. Uma das principais alterações que Peter Rieth implementou no ODDO BHF Polaris Moderate nos últimos trimestres é um maior peso das ações norte-americanas e uma redução das ações europeias. Historicamente, um terço da alocação a ações deste misto moderado era em ações norte-americanas; agora subiu para 50%. Em contrapartida, as ações europeias perderam mais presença na carteira a favor de outros ativos, como a Ásia.
Imune às tarifas
De um modo geral, Peter Reith e a equipa de gestão da gama Polaris da Oddo BHF estão otimistas quanto às perspetivas para o mercado de ações norte-americano em 2025. “Especialmente assistindo à inauguração do presidente Trump”, reconhece o gestor. “Vejam quem estava a sorrir na plateia, os CEO das principais empresas tecnológicas americanas. É um sinal de que as suas previsões são de que os próximos anos vão ser bons para as suas empresas”, explica.
É por isso que no ODDO BHF Polaris Moderate mantêm a sua convicção em algumas das Sete Magníficas, apesar dos dois anos muito bons que tiveram na bolsa. “Não diretamente porque Trump venceu as eleições, mas porque são as líderes em inteligência artificial”, afirma o gestor. Na sua opinião, os dois anos de rally nas ações relacionadas com a IA são apenas o início do que será uma das maiores revoluções para o mundo em décadas. “O ser humano é incapaz de não subestimar a dimensão e a velocidade de crescimento deste tipo de megatendências, como a invenção do carro ou da internet, porque vemos a vida como algo linear quando a adoção de novas tecnologias é exponencial”, argumenta.
Por outro lado, não têm exposição a setores que enfrentam dificuldades estruturais, como os fabricantes de automóveis europeus ou empresas que exportam e importam entre a Europa e a Ásia. “É por isso que o quando e como das tarifas anunciadas pelos republicanos nos preocupam. A carteira está preparada com antecedência”, explica.
O momentum continua a ser favorável às ações norte-americanas
Não é uma posição cómoda para um gestor, numa perspetiva de behavioral finance, que o seu cenário base seja também o partilhado pelo consenso. “É um risco que estamos a monitorizar de perto, mas hoje o momentum continua a ser favorável às ações norte-americanas e os fundamentais apoiam essa tese”, insiste. E apoia-se em dois exemplos próprios.
Uma das suas principais posições de ações é a fabricante de chips tailandesa TSMC. O CEO apresentou os resultados de 2024 em meados de janeiro e não só foram tão bons como o mercado esperava, como comunicou que esperam um crescimento anual da empresa de 20% nos próximos cinco anos. “E os gestores asiáticos são conservadores por natureza, pelo que não pensamos que estas estimativas sejam demasiado otimistas”. Mas quase mais importante para Peter Retih é a reação positiva do mercado. “Isto significa que nem todas as boas notícias foram descontadas, que ainda há espaço para surpreender o mercado”, explica. “Se começássemos a ver reações negativas ou neutras às boas notícias, começaríamos a preocupar-nos”.
O segundo exemplo do gestor é a Broadcom, a principal posição de ações na carteira. É a segunda maior fabricante de chips para a inteligência artificial e conta com clientes grandes como a Meta, a Google, a Apple, a OpenAI e a ByteDance (TikTok). Quando o seu CEO apresentou os números, disse que esperam que cada um dos seus clientes tenha um mercado potencial de 30.000 milhões de dólares nos próximos anos. “E atualmente a Broadcom está apenas a faturar 12.000 milhões por ano em produtos orientados para a IA. É duplicar o seu negócio com apenas um cliente”, sublinha Peter Reith.
Gerir o risco com obrigações
Estes são apenas dois exemplos dos muitos que Peter Reith consegue reunir nas suas recentes conversas com empresas, tanto americanas como europeias, tanto tecnológicas puras como empresas de outros setores que também estão a ver o potencial para melhorar a sua produtividade graças à IA.
O outro lado do posicionamento em ativos de risco do ODDO BHF Polaris Moderate são as obrigações, que representam 63% da carteira. A componente de obrigações desempenha um papel de proteção. “Não vou assumir o mesmo risco duplicado com ações e obrigações. Por outras palavras, com as obrigações procuro qualidade, não high yield nem durações longas”, explica Peter Reith. Dest forma, a maior parte dessa alocação está em crédito investment grade.