Porque é que o Índice de Confiança do Consumidor do Conference Board e o Índice do Sentimento do Consumidor da Universidade do Michigan se dissociaram?
Este são dois dos indicadores mais seguidos para saber como os consumidores americanos classificam o nível relativo das condições económicas atuais e futuras.
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O Índice de Confiança do Consumidor do Conference Board dos Estados Unidos e o Índice do Sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan são dois dos indicadores mais seguidos para saber como os consumidores americanos classificam o nível relativo das condições económicas atuais e futuras. Ambos mostram uma tendência descendente nos últimos tempos, mostrando que a confiança dos consumidores dos EUA está a deteriorar-se.
Em maio, o Índice de Confiança do Consumidor do Conference Board caiu 1,3 pontos para 106,4 pontos. É um declínio moderado. No entanto, o Índice do Sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan caiu acentuadamente de 65,2 para 59,1 pontos, o seu nível mais baixo desde 2011. Estes são níveis de recessão. Ambos os indicadores historicamente tiveram uma correlação importante. Mas, de repente, a correlação foi quebrada. Porquê?
A resposta
Como explica Mike Bell, estratega de Mercados Globais da J.P.Morgan Asset Management, na European Media Summit realizada pela gestora em Londres, ambos são inquéritos. E o ponto-chave pode estar na forma como o consumidor é solicitado. “As perguntas colocadas para compilar o Índice de Confiança do Consumidordo Conference Board giram em torno do mercado de trabalho e como os americanos valorizam o seu acesso ao mesmo”, disse.
Tendo em conta que os Estados Unidos acumularam 12 meses consecutivos de aumento do número de trabalhadores e que a taxa de desemprego atual é de 3,6%, parece lógico pensar que os americanos mostraram maior otimismo neste inquérito do que quando responderam ao inquérito da Universidade de Michigan. Como o próprio Bell salienta, “colocam ênfase no sentimento de consumidor, perguntando-lhes se consideram se é uma boa altura para comprar uma casa, carro ou eletrodomésticos. E aí parece que a visão do consumidor é muito diferente. Daí a dicotomia.
