Segundo o relatório anual Global Distribution Funds da PwC, Portugal é o mercado da Europa que registou um maior aumento do número de novos registos (749) em 2020.
A PwC publicou o seu relatório anual Global Distribution Funds no qual analisa a evolução da distribuição dos fundos transfronteiriços, ou seja, a comercialização de fundos em mais do que um país. A pandemia parece não ter travado o crescimento dos fundos transfronteiriços já que este segmento cresceu para os 14.128 produtos em 2020, mais 0,7% do que em 2019 e os registos já chegam aos 128.520, mais 5,8% do que em 2019.
Uma das conclusões mais interessantes que se retira do estudo é relativa ao nosso país. Portugal é o mercado da Europa que registou um maior aumento do número de novos registos (749) em 2020. Segundo explicam da consultora, este crescimento deveu-se especialmente à procura de ETF por parte dos investidores no país. Só em 2020 foram registados 637.
Além disso, no estudo é ainda possível perceber que o domicílio da maioria dos fundos transfronteiriços registados em Portugal está em linha com o resto da Europa. Assim, são duas as grandes praças da Europa em destaque: o Luxemburgo e a Irlanda, com 1937 e 1382 fundos, respetivamente. Verificam-se ainda alguns fundos domiciliados em Jersey, em França, no Reino Unido e na Alemanha.
Gestoras
O Global Distribution Funds identifica os nomes das gestoras mais ativas no que à comercialização cross boarder diz respeito. Face a 2019, o top 3 manteve-se inalterado: a Franklin Templeton encabeça a lista, seguida da Fidelity Investments e da HSBC. Adicionalmente, o relatório da PwC revela também que 70% das 100 maiores gestoras que vendem os seus fundos em mais do que um domicílio, têm presença no nosso país. Das 25 gestoras que compõem o ranking, apenas uma não tem presença em Portugal.