De acordo com Filipe Silva, a política monetária expansionista do BCE continua a influenciar as taxas de juro negativas de grande parte da dívida pública dos países europeus.
Portugal foi mais uma vez aos mercados e desta feita com emissões dos bilhetes do tesouro a três e a 11 meses e arrecadou 1250 milhões de euros. Nos bilhetes do tesouro com vencimento a três meses o montante registado chegou aos 350 milhões de euros, a taxa fixou-se nos -0,475% e a procura ultrapassa a oferta em 3,66 vezes. Nos bilhetes do tesouro a 11 meses o montante ascendeu aos 900 milhões, a taxa atingiu os -0,45% tendo a oferta superando a procura em 1,74 vezes.
Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa, comenta que “Portugal emitiu 1.250 milhões de euros em dívida de curto prazo, 350 milhões de euros em bilhetes do tesouro a 3 meses e 900 milhões de euros a 11 meses. Face ao último leilão comparável, as taxas subiram ligeiramente, nos 3 meses subiram dos -0,563% para os -0,475% e nos 11 meses dos -0,557% para os -0,45%. Portugal volta a registar taxas de juros negativas dos leilões de dívida de curto prazo, movimento que está em sintonia com o que tem acontecido com toda a dívida soberana europeia, e perto dos mínimos históricos alcançados nos leilões do mês de agosto quando o mercado de dívida registou máximos de sempre.
O profissional do Banco Carregosa revela ainda que “a política monetária expansionista do BCE continua a influenciar as taxas de juro negativas de grande parte da dívida pública dos países europeus, taxas essas que deverão manter a tendência negativa condicionadas pelo abrandamento económico”.