Apesar do bom comportamento em termos de captações do fundo PPR da casa e do crescimento verificado no número de clientes, os volumes sob gestão totais da entidade recuaram pouco mais de 21% no ano.
O recém divulgado relatório anual da Casa de Investimentos, mostra que num ano penalizador para a gestão de ativos em geral, a entidade gestora bracarense não ficou imune. Apesar do bom comportamento em termos de captações do fundo PPR da casa e do crescimento verificado no número de clientes, os volumes sob gestão totais da entidade recuaram pouco mais de 21% no ano para os 135,3 milhões de euros. O fundo fechou o ano com 43,4 milhões de euros e a gestão de carteiras nos 91,84 milhões.
Rendimentos de serviços e comissões
A quebra de 49% das comissões relativas à administração de valores de clientes está, como se pode ler no relatório, "relacionada com a diminuição muito significativa das comissões de performance, em resultado do desempenho negativo generalizado dos mercados em 2022".
Já os custos operacionais registaram um aumento de 14%, "devido ao investimento que a CASA continuou a fazer, tanto no reforço e expansão das equipas comerciais, de back office e de gestão de ativos, como na área de tecnologia para robustecer a estrutura operacional e manter a contínua melhoria do serviço prestado aos seus clientes", lê-se no relatório. O resultado líquido entrou, assim, em território negativo, fechando o ano nos -129,04 mil euros.
Não obstante este resultado não colocar "minimamente em causa a solidez do balanço" a Casa de Investimentos realizou um aumento de capital de 1,1 milhões de euros por incorporação de reservas, elevando o capital social para 3.350.000 euros. A entidade fechou o ano com quase 3,0 milhões de euros em depósitos.