Precaver subidas de taxas de juro - uma das tendências dos fundos mais subscritos em dezembro

5458378838_f1ba7c83ec_o-1
2011 Team Lotus photo archive, Flickr, Creative Commons

O mês de dezembro ficou marcado por vários acontecimentos: a aprovação da reforma fiscal nos Estados Unidos, a afirmação de Donald Trump relativamente a Jerusalém enquanto capital de Israel, a “vitória” dos independentistas na Catalunha, o agravamento da crise na Venezuela e a contestação face ao governo iraniano. Neste contexto, quais terão sido as estratégias preferidas dos clientes do ActivoBank e do Banco BEST?

Rui Olo, responsável na direção de marketing pelos produtos e investimentos do ActivoBank, revela que os fundos de gestão ativa da UBS – UBS (Lux) SF Balanced e UBS (Lux) SF Growth – mantiveram a sua presença no topo das preferências dos clientes da entidade, estes que são “a solução base para a componente estratégica” das carteiras dos clientes da entidade.

O mesmo se registou do lado dos fundos cujo universo de investimento é dívida europeia (pública, empresarial ou empresarial high yield), que “continuam a recolher a preferências dos investidores nacionais nossos clientes”, destaca o profissional. Os fundos sectoriais (água) ou de países emergentes (Índia), por sua vez, também voltaram a figurar na lista de fundos mais subscritos na entidade.

Precaução relativamente a subidas de taxas de juro

Do lado dos clientes do Banco BEST, registaram-se novidades em todos os tipos de fundos por estes mais subscritos, alterando um pouco a composição da lista que se verificou no mês de novembro.

No que diz respeito aos fundos de obrigações, Rui Castro Pacheco, diretor adjunto de investimentos, destaca a presença do M&G Global Floating Rate High Yield, um movimento que interpreta como no sentido de “procura por alguma yield ainda disponível nas obrigações high yield e ao mesmo tempo tentando precaver alguma subida potencial nas taxas de juro”. Outra das novidades é o Jupiter Dynamic Bond, uma “estratégia de gestão flexível”. O fundo PIMCO Income, por sua vez, manteve-se no topo das preferências dos clientes, este que é um fundo “um fundo bastante flexível na sua gestão e que pode aceder a todos os segmentos de dívida e crédito”.

Do lado dos fundos mistos, o M&G Optimal Income parece não ser excluído das preferências dos clientes do Banco BEST, verificando-se novamente a sua presença nesta lista. Rui Castro Pacheco descreve este produto como “um fundo que procura gerar e distribuir (também tem uma versão de acumulação) um rendimento estável aos seus investidores”, acrescentando que “este é um dos que apresenta um nível de risco mais conservador ao limitar bastante a sua exposição à componente acionista”. O Nordea Stable Return, por outro lado, regressou ao top de subscrições, revelando uma “preocupação pela proteção do investimento, ainda que em fundos de nível de risco intermédio”, afirma o profissional.

Por fim, nos fundos de ações, o lançamento na reta final do ano do Acatis AI Global Equities parece ter sido bem recebido por parte dos clientes da entidade, uma vez que terminou o mês no topo das suas preferências. “Este é o primeiro fundo no mercado gerido (seleção de empresas e sua ponderação na carteira) por Inteligência Artificial”, revela Rui Castro Pacheco. A procura por exposição ao sector de Inteligência Artificial foi notória, não só pela presença do fundo já referido, mas também pela manutenção do Allianz Global Artificial Intelligence nas preferências dos clientes do Banco BEST, um fundo “gerido por humanos que procuram empresas que estejam a desenvolver capacidades no campo da AI" refere o diretor adjunto de investimentos da entidade.

A robótica é outro dos sectores que se mantém há já vários meses, surgindo novamente o Pictet Robotics na lista de produtos mais subscritos, este que “investe em empresas que estejam a desenvolver robots para aplicações industriais e domésticas”. As ações de médias empresas europeias também volta a surgir nesta lista, com a presença do Oddo Avenir Europe, sendo que o Pictet Water é outro dos produtos que volta a marcar presença, um fundo que investe em empresas que “estejam a desenvolver negócios no campo da captação, despoluição e eficiência na utilização da água”.

Captura_de_ecra__2018-01-4__a_s_17