Profissionais de investimento otimistas no crescimento económico em 2014

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michaeljosh, Flickr, Creative Commons

De acordo com o último CFA Institute 2014 Global market Sentiment Survey (GMSS), os profissionais do investimento de todo o mundo relatam o maior otimismo sobre as perspetivas económicas para o ano que agora começa. No entanto, no que diz respeito à melhoria da integridade do mercado de capitais, a confiança expressa já não é tanta.

Precisamente 63% dos inquiridos esperam que a economia global cresça, uma soma de mais 40% do que no último estudo realizado. Os mais otimistas sobre a economia global são os membros do Reino Unido, já que 78% espera que aconteça uma expansão. A cautela vem do lado da China, onde apenas 48% dos questionados espera que a economia global aumente no próximo ano.

Ações: maior alvo de otimismo

O otimismo é também sentido no que diz respeito aos EMEA, onde 56% dos inquiridos esperam que os seus mercados globais cresçam em 2014. Este é um valor que contrasta com o pessimismo denotado no estudo do ano anterior, onde apenas 33% acreditavam nesse crescimento.

As ações são sem dúvida o ativo onde são depositadas maiores esperanças. 71% dos questionados apontam as ações como a classe de ativos que irá ter uma melhor performance. Este é um número que contrasta com 50% de 2013, e 41% em 2012.

Brasil fora das preferências

No que diz respeito aos melhores “destinos” de investimento, os EUA e a China continuam no topo das preferências, com 26% dos votos e a China com 10%. Já em 2013 estes eram também os dois países que reuniam maiores expectativas, a par do Brasil, que para 2014 foi “excluído” da lista.

Uma das preocupações mais nomeadas pelos inquiridos foi a instabilidade política e o fim do Quantitative Easing, principalmente para os mercados locais. Mais de três quartos dos membros da Índia, por exemplo, citam precisamente a instabilidade política, como o maior risco para o seu mercado este ano. A nível global, o fim do programa de estímulos à economia norte-americana é também uma das maiores preocupações de 68% dos inquiridos, que estão receosos quanto ao impacto desta medida no seu próprio mercado global.

Especialmente da Ásia Pacífico (44% dos inquiridos) chega também um apelo a uma melhor fiscalização para construir a confiança dos investidores. 22% dos questionados também indica que é necessário melhorar a transparência no report financeiro e noutras divulgações corporativas.