Principal índice bolsista nacional registou o melhor mês desde outubro de 2015 - com uma subida de 7,7% - tendo ultrapassado os cinco mil pontos, algo que não acontecia desde março do ano passado.
O mês de março foi muito positivo para o principal índice bolsista nacional - PSI20. De acordo com os dados publicados pela CMVM, através da sua publicação com os "indicadores de síntese do mercado de capitais português", o PSI20 valorizou 7,74% no mês de março, tendo fechado o mês passado nos 5.007,85 pontos. Trata-se da maior subida mensal desde outubro de 2015 e a primeira vez desde maio passado que supera a barreira psicológica dos cinco mil pontos. Em termos de movimentações, destaque para o anúncio da OPA que a EDP vai fazer sobre a EDP Renováveis, que resultado do facto da elétrica nacional ter vendido a sua participação na Naturgas. Relativamente à volatilidade do índice, esta situou-se em "13,42%, acima dos 11,88% fixados em fevereiro e abaixo dos 19,83% registados em igual período do ano passado", revela o comunicado do regulador.
Na mesma publicação é possível ver que "o volume transacionado sobre títulos de dívida totalizou 7.651,5 milhões de euros em março, mais 3,7% do que no mês anterior, com as transações sobre Obrigações do Tesouro a recuarem 24,0%, enquanto sobre Bilhetes do Tesouro cresceram 31,9%", e ainda que a "a capitalização bolsista da Euronext Lisbon totalizou 261.069 milhões de euros, mais 12.898,8 milhões (5,2%) do que em fevereiro e mais 17,5% do que no período homólogo. O segmento acionista cresceu 9,1% para 143.570,8 milhões de euros e o segmento obrigacionista aumentou 0,8% para 114.331,4 milhões de euros".
Transações de UPs e ETF em sentido contrário
A publicação da CMVM mostra, ainda, como foram as transações de Unidades de Participação (UPs) e de ETF no mês passado. Relativamente às UPs, em março foram transacionadas 1,9 milhões de euros, menos 61% do que o montante negociado em fevereiro. Já nos ETF a tendência foi contrária, com o montante a subir 91%, dos 0,42 para os 0,81 milhões de euros.
Em termos acumulados, a tendência de março reflete-se no período, em termos homólogos. Enquanto que nas UPs a descida entre o primeiro trimestre de 2016 e o de 2017 foi de 69% para 6,7 milhões de euros; nos ETF a subida foi de 47,5%, tendo passado de 1,1 para 1,7 milhões de euros entre o primeiro trimestre do ano passado e o deste ano.