Rafael Ximénez de Embún, responsável para a Península Ibérica e América Latina
“A existência de normas harmonizadas e uniformes é necessária para que o perfil dos ELTIF seja comparável na União Europeia. A uniformidade também favorece a proteção do investidor. Um dos problemas existentes na anterior regulação era a falta de uniformidade e regras divergentes na aplicação dos ELTIF, bem como na composição das carteiras ou ativos em que podem investir. Isto criou inconsistências e obstáculos que não favorecem a distribuição destes veículos.
Esperamos que a regulação aprovada em março deste ano ajude a ultrapassar estes obstáculos. As alterações mais significativas que introduziu dizem respeito, em primeiro lugar, ao tipo de ativos em que os ELTIF podem investir, alargando-os. Em segundo lugar, foram introduzidas regras mais flexíveis no que diz respeito à diversificação e investimentos das carteiras dos ELTIF. Em terceiro, foi facilitado o acesso a estes veículos por parte dos investidores de retalho através da criação de ELTIF destinados exclusivamente a investidores de retalho e ELTIF destinados a investidores profissionais e foram eliminados os limites mínimos e máximos de investimento exigidos na anterior legislação.
A chave do sucesso estará na forma como o regime de distribuição dos ELTIF for implementado e harmonizado na Europa, que deverá estar pronto para o primeiro trimestre de 2024.
A nossa intenção é lançar novos fundos ELTIF que investem em crédito líquido e ilíquido ou que permitam o acesso a classe de ativos tradicionalmente reservadas aos investidores institucionais. O objetivo é desenvolvê-los com bancas privadas e outros distribuidores para que se adaptem aos objetivos dos clientes em cada mercado. Esperamos que as reformas aprovadas pelo Parlamento Europeu se traduzam num aumento da oferta destes veículos e dos ativos geridos e que se tornem uma atrativa alternativa de investimento para o investidor de retalho”.
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