Foram dois os produtos que disputaram a liderança, no terceiro mês do ano, no que toca aos fluxos líquidos de subscrições. Descubra quais.
No terceiro mês do ano os resgates sobrepuseram-se às subscrições em cerca de 113 milhões de euros, segundo os dados publicados pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP. Com estes dados de março, o primeiro trimestre do ano apresenta um saldo negativo na ordem dos 326 milhões de euros.
Nos fundos flexíveis a tendência é de queda, tanto em março como no acumulado dos primeiros três meses de 2016. O terceiro mês do ano revelou-se negativo para os fundos flexíveis, com saldo entre os resgates e as subscrições a somarem mais de 2.886 milhões de euros. Se alargarmos o espectro para os três primeiros meses do ano, verificamos que o saldo é negativo na ordem dos 37 milhões de euros.
São cerca de 25 os produtos nacionais classificados pela Associação como fundos flexíveis, sendo que apenas sete conseguiram ter mais subscrições do que resgates. Em março, a liderança foi decidida por photo finish, com o BPI Moderado a superar o Optimize Seleção Base por pouco. O fundo gerido pela BPI Gestão de Activos somou captações líquidas de 1,559 milhões, enquanto o produto sob responsabilidade da Optimize Investment Partners atingiu mais de 1,417 milhões de euros.
Com estes valores, o saldo do fundo do BPI no primeiro trimestre do ano supera os 10,9 milhões de euros, sendo que o fundo foi lançado no verão passado. Aquando do seu lançamento, Eduardo Monteiro, Head of Discretionary Portfolio of high net worth individuals (HNWI) da BPI Gestão de Activos explicou à Funds People que a “vantagem primordial destes fundos reside precisamente na gestão flexível”, assinala, referindo que “em momentos em que o mercado sofra correções é possível alterar a estratégia do fundo e com isso tentar minimizar os impactos negativos que poderiam ocorrer”.
O produto da Optimize Investment Partners, com o saldo em março de 1,41 milhões de euros, fechou o trimestre perto dos 4 milhões de euros. Lançado no último trimestre de 2016 – juntamente com o Optimize Selecção Agressiva e Optimize Selecção Defensiva – pretende “ter uma alocação equilibrada e/ou dinâmica, com a exposição a ações a variar entre os 45% e os 85%, tal como explicou Diogo Teixeira, administrador da entidade, à Funds People”.
Captações líquidas nos fundos flexíveis
Fonte: APFIPP no final de março.