O aumento de participantes, montante sob gestão e rentabilidade dos fundos de pensões da seguradora esteve em linha com o crescimento de 17% do volume de negócios verificado no ano passado.
A Real Vida Seguros deu a volta aos resultados de 2018 ao fechar 2019 com um resultado líquido positivo de 3 milhões de euros, muito motivado pelo acréscimo da receita processada (volume de negócios) que, ao situar-se nos 108,3 milhões de euros, revela uma subida de 17% face ao período homólogo. A seguradora mantém assim a tendência crescente nesta rubrica, testemunhada ao longo dos últimos anos.
No âmbito mais concreto dos fundos de pensões da Real Vida, a seguradora viu o seu negócio evoluir em várias frentes. Só em 2019 foram constituídos sete novos planos de pensões coletivos, contribuindo para um aumento significativo de novas adesões, assim como de participantes dos planos de pensões (mais 185 face a 2018). Já o volume de ativos geridos passou de 240 milhões em dezembro de 2018 para 251 milhões no final do ano transato, o que representou um acréscimo de 4,7% e contribuiu para que a quota de mercado Real Vida se fixasse nos 1,20%, garantindo-lhe o 9º lugar do ranking de quota de mercado de entidades gestoras de fundos de pensões.
No relatório pode ainda ler-se que “todos os fundos de pensões terminaram o exercício de 2019 com um retorno positivo, tendo-se situado a rentabilidade mínima em 3,25% e a máxima em 19,33%”. Este bom desempenho estendeu-se também aos fundos de pensões abertos, cuja informação relativa a retorno e classe de risco é tornada pública pela APFIPP. Neste segmento a seguradora salienta as boas performances dos fundos “com destaque para o prazo de três anos, em que três dos quatro fundos ativos são os primeiros classificados na respetiva categoria de risco e figuram no Top 5 dos melhores fundos de pensões abertos nos últimos cinco anos”.
Gestão dos Fundos de Pensões
No capítulo dos resgates, indemnizações e termos há que salientar que, do montante total de 97,78 milhões de euros pagos pela seguradora neste contexto, foi o segmento dos PPR que registou o maior outflow. Os 37,5 milhões de euros resgatados nesta rubrica representam 56,77% do total. Do lado oposto, são os seguros de capitalização que registaram um fluxo de saídas menor (48,5 milhões que representa 14,98%).
Termos, Resgates e Indemnizações
Por fim, a nível da carteira de investimentos da companhia, cujo montante sob gestão atingiu os 285,8 milhões de euros no ano passado, é de constatar que as obrigações e títulos de dívida mantém-se como a tipologia de ativos com mais representação. Contudo, este segmento perdeu alguma expressão para a classe de ativos das ações e unidades de participação, que de resto foi a rubrica em que se assistiu a maior evolução face a 2018 (de 38,4% para 41,4%).
Carteira de Investimentos
Pode consultar o relatório na íntegra aqui.