Numa altura em que a Europa parece querer dar alguns sinais de estabilidade aos investidores, e à medida que a realocação dos ativos se faz de uma forma mais “pró-velho continente”, o sentido na saída dos fundos segue, todavia, de forma algo heterogénea.
A comprovar essa “indefinição”, Isabel Soares, do Banco BiG, refere que “não é evidente uma tendência definida já que os movimentos de outflows foram bastante dispersos em termos de classes de ativos ou áreas geográficas”.
O ActivoBank, no entanto, consegue denotar que os investidores estão a “sair” das opções de investimento mais gerais. Guilherme Cardoso, da entidade, refere mesmo que “relativamente aos resgates notou-se alguma preponderância de fundos globais, casos do PIMCO Total Return, do BlackRock Global Allocation ou do BNY Mellon Global Real Return”. Esta tendência, diz, aparece “por contrapartida a um top de subscrições mais focado nas oportunidades europeias”.
A tendência de que os investidores estão menos conservadores é comprovada por Rui Castro Pacheco, sub diretor de investimento do Banco Best, que refere que na entidade se continua a “assistir ao resgate de algumas estratégias monetárias/tesouraria e de obrigações que têm estado pressionadas por alguma subida nas taxas de juro”, explica.