Rentabilidade dos fundos de pensões em 2017 foi de 4,8%

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O ano de 2017 viu o número total de fundos de pensões a crescer para 224, face aos 219 no final de 2016. Mais além, os montantes geridos por estes veículos de poupança atingiram os 19.757 milhões de euros, o que representa um crescimento anual de 6,97%. Quem o mostra é a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) no Relatório de Evolução dos Fundos de Pensões referente ao quarto trimestre de 2017.

Ao detalhe, durante o ano “constituíram-se três fundos de pensões fechados, dois em resultado da extinção de duas adesões coletivas cujas responsabilidades e património foram transferidos para os respetivos dois novos fundos de pensões, e outro em consequência da extinção de quota-parte do património de um associado do fundo de pensões fechado. Foram ainda constituídos dois fundos de pensões abertos de adesões coletivas e individuais, e dois fundos de pensões PPR. No mesmo período, ocorreu a extinção de dois fundos de pensões fechados, um com transferência para um fundo sediado na Irlanda e o outro por transferência para adesões coletivas novas”, pode ler-se no relatório.

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A autoridade de supervisão do sector segurador destaca também as contribuições dos associados e participantes que registaram um acréscimo de 22,1% no total dos fundos de pensões. Está patente no relatório que “esta evolução resultou, principalmente, da necessidade de alguns associados efetuarem contribuições extraordinárias para os fundos por forma a regularizarem o nível de financiamento das responsabilidades, bem como da realização de uma nova adesão coletiva com um plano de benefícios de saúde e da constituição do novo fundo de pensões PPR”. Por outro lado, o montante dos benefícios pagos apresentou um decréscimo de 4,2%, comparativamente com o período homólogo, “resultante da diminuição de remições pagas em adesões individuais a fundos de pensões abertos”.

Composição das carteiras de investimento

Como referido anteriormente, os ativos geridos pelos fundos de pensões representavam no final de 2017, 19,8 mil milhões de euros. A evolução positiva resulta do aumento de 7,1% nos fundos de pensões fechados e de 6,3% nos fundos abertos. “Tendo em consideração as contribuições entregues aos fundos e as respetivas pensões pagas, a rendibilidade dos fundos de pensões, face ao final do ano de 2016 foi de 4,8%”, pode ler-se no relatório.

A composição da carteira de investimentos do agregado dos fundos de pensões manteve-se praticamente inalterada ao longo do ano, embora a rubrica de fundos de investimento tenha superado o peso do investimento direto em dívida pública. Em dezembro de 2017 a primeira representava 30% das carteiras agregadas, enquanto a segunda valia 29%.

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Fonte das tabelas: Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), Relatório de Evolução dos Fundos de Pensões ​