Os resultados divulgados pelo Banco BPI dão conta de um primeiro trimestre favorável para a entidade na atividade em Portugal. O lucro consolidado foi de 49 milhões de euros no período, dos quais, 28 milhões de euros são provenientes da atividade em Portugal. Contudo, este resultado representa um decréscimo de 26 milhões de euros face a março de 2021. A entidade refere, em comunicado, que “a comparação com o resultado doméstico homólogo é influenciada pelos ganhos extraordinários de 23 milhões de euros com a venda de créditos não produtivos registada no primeiro trimestre do ano passado”.
Num ano em que os depósitos aumentaram 11% face a março de 2021, a entidade liderada por João Pedro e Oliveira e Costa, assistiu também a um aumento dos ativos sob gestão: 7% face ao período homólogo.
Dentro dos ativos geridos, os fundos de investimento cresceram 7%, para 6 mil milhões de euros e os seguros de capitalização também cresceram 7%, totalizando 4,5 mil milhões de euros. Contudo, de notar que desde o início do ano, esta rubrica está em decréscimo (4%) com os ativos sob gestão nos fundos de investimento a recuarem 5% e nos seguros de capitalização 1%.
Em termos de quota de mercado, como visível no esquema abaixo, a entidade posicionava-se em fevereiro com uma representação de mercado em fundos de investimento mobiliário e seguros de capitalização de 10,9% e 18,6%, respetivamente. No âmbito dos PPR, a quota de mercado era de 11,8%. Face a fevereiro de 2021, a entidade ganhou quota de mercado em todos os segmentos mencionados, sendo que o maior crescimento foi no segmento de seguros de capitalização.
Comissões aumentam 12% com impulso dos fundos e seguros
As comissões líquidas também aumentaram no ano, mais concretamente 12%, para os 71 milhões de euros. Como afirma o banco, "para este crescimento contribuiu o forte dinamismo nas receitas da venda de fundos de investimento e seguros de capitalização (+25%), bem como o aumento das receitas de comissões bancárias associadas a crédito e a contas e das comissões de intermediação de seguros".
Em suma, João Pedro Oliveira e Costa destaca: “A atividade do banco no 1º trimestre foi muito positiva, com crescimento dos proveitos, com ganhos de quota de mercado em praticamente todos os segmentos comerciais, ao mesmo tempo que manteve os custos contidos, apesar do forte investimento na transformação digital. O banco apresenta robustez em todos os indicadores fundamentais -adequada capitalização, baixo perfil de risco e liquidez confortável- o que permite continuar a aumentar o crédito às empresas e famílias e apoiar decididamente a retoma da economia portuguesa”.
