Resultados do Santander em Portugal: recursos fora de balanço crescem 7,6% com grande impulso dos fundos de investimento

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Créditos: Cedida (Banco Santander)

Esta semana o Banco Santander Totta apresentou os seus resultados trimestrais relativos aos primeiros três meses de 2022, marcados pelo iniciar de uma guerra na Europa e uma inflação elevada. O banco registou um resultado líquido de 155 milhões de euros, que compara com os 34 milhões alcançados no período homólogo. “Nos primeiros três meses do ano, o Santander continuou a registar uma performance positiva, dando seguimento ao trabalho desenvolvido em 2021, isto ainda num contexto de pandemia, ao qual veio a juntar-se a incerteza causada pela guerra na Ucrânia”, refere Pedro Castro e Almeida, Presidente Executivo do Banco Santander Portugal, no comunicado emitido pela entidade.

O total de recursos de clientes fechou o trimestre em 47,4 mil milhões de euros, o que equivale a um crescimento de 8,3% face ao valor alcançado em março de 2021. Nesta rubrica destaca-se a evolução positiva dos depósitos (+8,4%), assim como dos recursos fora de balanço (+7,6%), mas também dos fundos de investimento geridos ou comercializados pelo banco (+16,6%) – crescendo para os 4 mil milhões de euros – e dos seguros e outros recursos (+2,2%). “Contudo, o aumento da incerteza relacionada com a guerra na Ucrânia, e a maior volatilidade dos mercados financeiros, resultou numa correção dos mercados, com consequente redução dos volumes em fundos de investimento (-5,6%) face ao final de 2021, compensado por um crescimento dos depósitos em 2,1% no mesmo período”, acrescenta a instituição liderada por Pedro Castro e Almeida.

O produto bancário ascendeu a 331,7 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 21,2% face a março de 2021. A entidade menciona que “a dinâmica do produto bancário esteve bastante influenciada pela evolução dos resultados em operações financeiras, que se reduziram em 94% face ao período homólogo, quando tinham atingido um valor muito elevado, fruto da gestão da carteira de títulos”.

As comissões líquidas registaram um crescimento homólogo de 23,3%, para 119,1 milhões de euros. Segundo a instituição, “parte da dinâmica continua a refletir o incremento dos níveis de transacionalidade dos clientes, mas em particular o foco na estratégia de poupança e proteção, materializada na diversificação dos recursos de clientes em fundos e seguros financeiros, assim como na distribuição de seguros autónomos de risco, com destaque para a oferta de seguros auto para particulares e empresas”.

A contribuição da área de Wealth Management

O segmento Wealth Management and Insurance, que continua a ser um dos principais motores de crescimento da entidade, contribuiu para a melhoria no resultado líquido.

Neste segmento, a entidade começa por mencionar que "para a generalidade dos indicadores de negócio do Private Banking do Santander em Portugal, o primeiro trimestre de 2022 foi muito desafiante, obrigando a uma ainda maior proximidade aos clientes e um acompanhamento mais recorrente de carteiras e posições de clientes". “Ainda assim, o património gerido do segmento cresceu cerca de 1,1% no primeiro trimestre, observando-se um crescimento de 2% em fundos e seguros e mandatos discricionários (sem efeito mercado)”, acrescentam.

O Santander em Portugal reitera “o crescimento assinável de clientes, com uma dinâmica fortíssima, assente numa forte atividade de prospeção externa, e uma grande colaboração e apoio da rede de balcões e de centros empresas”.

No contexto da atividade da Santander Asset Management, o trimestre fechou com uma quota de mercado de 16,6%, inalterada face ao período homólogo.

Destacam também que “as soluções de reforma constituíram um foco importante na atividade comercial, tendo presente os desafios que se avizinham ao nível da sustentabilidade do sistema de segurança social". Especificam que estes produtos detinham, no final de março, ativos na ordem dos 1,9 mil milhões de euros.