Os dados em foco esta semana
Os Bancos Centrais continuam a prender as atenções do mercado. Sem surpresa, o Comité de Política Monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos manteve a sua taxa em 0.25%, mas deixou aberta a porta à possibilidade de uma subida de taxas na reunião de dezembro.
Apesar de se esperar que a inflação se mantenha baixa nos próximos tempos, o Fed continua optimista quanto ao objectvo dos 2% e irá monitorizar atentamente o mercado para que possa agir na altura mais correcta.
O Fed acredita na economia americana e parece ter deixado de lado os receios sobre o abrandamento da economia global, permitindo assim a Wall Street fechar com fortes altas e ao Dólar valorizar-se até perto dos 1.09 face ao Euro.
A subida das volatilidades parece-me um pouco exagerada dada a diminuição da incerteza em relação à subida de taxas, agora que o Fed afirma que a evolução da política monetária deixa de estar dependente de factores externos.
Na Europa, o desemprego Alemão manteve-se nos 6.4% em outubro, em linha com as expectativas e confirmando o bom momento do mercado laboral Alemão. A subida registada no ESI (economic sentiment indicator) Europeu surpreendeu, com melhorias claras no sentimento em relação ao comércio a retalho, e nos sectores de manufactura e de construção.
O crescimento continua baixo e deverá terminar o ano sem grandes mudanças dado que, os benefícios trazidos pela baixa do preço do petróleo e do Euro fraco começam a diminuir. Com a inflação a continuar muito abaixo do objectivo, continuo a pensar que o BCE vai aumentar o seu QE em montante e talvez reduza a taxa de depósito na próxima reunião.
Aumentar o tamanho do programa de compra de activos foi o que fez o Banco da Suécia, em mais 6 mil milhões de Euros, referindo o que o Fed omitiu do seu discurso, isto é, a incerteza nos mercados globais vai fazer com que muitos bancos centrais mantenham as suas políticas expansionistas durante um período mais alargado de tempo.