A agência creditícia incluirá nas avaliações que fazem às empresas critérios de ESG, que analisarão tanto a preparação da empresa no presente como a sua capacidade para mitigar riscos desse tipo no futuro.
A análise não financeira que avalia as empresas em função de critérios socialmente responsáveis tornou-se nos últimos anos num dos rácios que os analistas e os gestores de fundos mais valorizam. Todos eles terão a partir de agora uma ajuda extra no momento de realizar as suas avaliações em função dos critérios ESG, já que o S&P Global Ratings anunciou que a partir de agora incluirá nos seus ratings creditícios uma nova Avaliação ESG destinada a medir a capacidade das empresas classificadas para enfrentar com sucesso os desafios relacionados com os riscos do meio ambiente, sociais e bom governo corporativo.
Esta nova ferramenta qualitativa de classificação, que complementa o tradicional rating de crédito de S&P, baseia-se em dados do desempenho e no grau de preparação que as empresas têm para assumir futuros riscos e oportunidades relacionadas com os conhecidos como critérios ESG (sigla em inglês). Ao fim e ao cabo, tal como explica Leandro de Torres, responsável de S&P Global Ratings na Península Ibérica, “os fatores do meio ambiente, sociais e bom governo corporativo poderão afetar os investidores e potencialmente levar a um impacto financeiro importante nas empresas classificadas, segundo o seu grau de conscientização com estes critérios”.
De momento, este novo rating ESG já está disponível para empresas que operam nos setores dos transportes e energia e, nos próximos meses, preveem estender essas avaliações a bancos e gestoras de ativos, organismos multilaterais, entidades de saúde pública e a concessionárias de gestão de água e resíduos. Posteriormente, serão incorporados aos ratings que se outorgam às companhias de seguros, gestoras de habitação social e empresas especializadas no setor educativo.
Para realizar a Avaliação ESG terão em conta tanto a avaliação dos seus próprios analistas de crédito como a informação que recebem do Trucost e do S&P Global Market Intelligence, assim como de organismos públicos e organizações não governamentais como os Princípios de Investimento Responsável das Nações Unidas e o Carbon Disclouse Project, além da informação que obtêm nas suas reuniões com as equipas de administração das empresas, as quais também serão avaliadas em função dos critérios ESG tanto atuais como o nível de preparação que mostram face ao futuro.