Um estudo recente da consultora imobiliária Savills aponta os segmentos que conferem mais oportunidades ao sector imobiliário em 2020.
Um recente estudo divulgado pela consultora imobiliária Savills aponta a redução de oportunidades pelo crescimento orgânico das rendas e a antecipada compressão das yields em todo o cenário imobiliário europeu como os principais impulsionadores da atividade de investimento em 2020, e consequente da procura de ativos geradores de rendimento.
Nas palavras de Eri Mitsostergiou, diretora da Savills European Research, “a quantidade limitada de ativos de qualidade e o sentimento de final de ciclo conduzirá os investidores a uma procura diversificada em vários sectores e geografias”. Segundo a profissional, as soluções de diversificação adotadas passam sobretudo pelo sector residencial e segmentos alternativos.
Esta procura por parte dos investidores acompanha outras tendências de cariz demográfico. Na Europa, com o crescimento dos centros urbanos, tem surgido “um aumento da procura por habitação, assim como dos sectores de senior living e alojamento para estudantes”, pode ler-se no estudo.
“Estes ativos a oferecerem grandes oportunidades a investidores que procuram um fluxo de receitas a longo prazo e perspetivas para um crescimento imobiliário anual” suporta Marcus Roberts, diretor da equipa Savills European Operational Markets. “No novo ano, o lançamento de diversos fundos direcionados para o setor living e operacional intensificará a competição por ativos disponíveis em mercados já limitados”, completa.
Por fim, pode esperar-se um comportamento semelhante no mercado nacional. Quem o diz é Alexandra Gomes, senior analyst do Departamento de Research da Savills Portugal, que afirma que “a realidade europeia tem um paralelo perfeito em Portugal, onde no ano 2019 já começámos a verificar de forma mais consistente um aumento do interesse e da procura por segmentos alternativos, como é o caso de projetos direcionados para Residências de Estudantes”. Porém, a profissional faz uma ressalva, salientando que “o segmento de escritórios continuará a ser um setor chave para investidores core, a par de projetos de Development”.