Seguros PPR expandem alocação a dívida corporativa e fundos de investimento

Seguros PPR proteger chuva

A FundsPeople divulgava recentemente quão conservadores são os investidores portugueses. Pelo menos na escala que o demonstram os números oficiais da CMVM.

Nesses números, destacam-se pela sua grande dimensão os seguros PPR. Tradicionalmente produtos de investimento de capital garantido e baixo retorno esperado estas soluções de poupança para a reforma agregam, com dados da ASF ao fecho do ano, um montante de 18,42 mil milhões de euros em ativos sob gestão.

Por outro lado, estes ativos sob gestão fazem parte do bolo de mais de 51 mil milhões de euros que compõe a carteira de investimento das seguradoras. Bolo esse que se viu encolher na ordem dos 3,9% em 2020. A carteira dos seguros PPR contribuiu para exacerbar esta queda. Perdeu assim 5,3% dos seus ativos sob gestão durante o ano passado, o que se traduz em mais de 1.000 milhões de euros.

Fonte: ASF

O ano passado trouxe consigo também mudanças significativas no que a alocação destas carteiras médias diz respeito. Mais especificamente, observamos uma quebra muito significativa do peso das obrigações de dívida pública em favor da dívida corporativa. A ponderação da primeira rubrica recuou 6% no ano, para os 49%, enquanto a segunda cresceu 5%, para os 37%.

Outro movimento significativo aconteceu na alocação a fundos de investimento (+3% para 7% no total das carteiras). Estes acumulavam então no final do ano um volume de 1.226 milhões de euros, mais 400 milhões que no final do ano anterior.