No que toca ao volume sob gestão por este tipo de sociedades, este sofreu no último mês uma ligeira correção que, apesar de tudo, não desanima os dados do trimestre que evidenciam um aumento superior a 3.500 milhões de euros.
No final do terceiro trimestre do ano, os ativos totais que as entidade que gerem patrimónios tinham em sua posse ascendiam a 59.052 milhões de euros. Este valor representa uma diminuição de 1,49% face ao mês anterior, segundo os dados publicados pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP). Ainda assim, apesar da variação mensal ser negativa, em termos trimestrais a situação é completamente diferente. No terceiro trimestre de 2015, os ativos sob gestão das entidades gestoras de patrimónios sofreram um incremento de praticamente 6,5%, ou seja, mais 3.500 milhões de euros.
Fundos de investimento com crescimento no trimestre
Entre os meses de julho, agosto e setembro, de acordo com dados da APFIPP, o crescimento do investimento em fundos de investimento situou-se nos 13%, o que corresponde a um aumento de cerca de 700 milhões de euros. O mês de setembro fechou com um valor alocado a este tipo de produto financeiro de 6.075 milhões de euros.
Entre os mercados em que a APFIPP divide os fundos de investimento, aquele que mais avançou nesse período foi precisamente o mercado nacional. As contas da Associação apontam para um incremento de 40%, ou seja, mais de 500 milhões para um total de quase 1.850 milhões de euros. Já o investimento em produtos da União Europeia aumentou em 3,68% para mais de 3.500 milhões de euros.
Repare-se que estes valores podiam ter sofrido um aumento mais significativo não fosse a conjuntura de mercado em setembro ter sido menos favorável. No mês passado a evolução foi negativa na ordem dos 1,5%, com os fundos nacionais a caírem 1,35%. Já os fundos que investem no mercado europeu, estes cresceram 1,66%.
Investimento em valores mobiliários nacionais perto dos 20.000 milhões
Excluindo da equação os fundos de investimento e analisando os restantes valores mobiliários, verificamos que o montante aplicado atinge os 44.821 milhões de euros, quase menos 2% do que no final do mês de agosto. Ainda assim, no final de setembro representavam três quartos do total do investimento.
Entre os países, aquele que mais sobressaiu foi a Grécia, que de agosto para setembro viu o investimento no país aumentar em mais de 600%, passando de um milhão para mais de 8 milhões de euros.
O investimento em Portugal sofreu um revés, nesta rubrica, de menos de 0,5% ao situar-se nos 19.940 milhões de euros. Analisando os dados trimestrais, verifica-se que o aumento foi superior em 7,7%, o que representa, em termos monetários, a praticamente 1.500 milhões de euros.