No conjunto de produtos de gestão de liquidez e tesouraria domiciliados em Portugal, as quotas de mercado pouco variaram apesar da quebra agressiva do volume de ativos.
A construção do ranking das quotas de mercado das entidades gestoras nacionais, no segmento dos fundos de mercado monetário, tesouraria ou liquidez mostra, à partida, uma conclusão importante: o montante aplicado nesta classe de fundos reduziu dramaticamente durante o ano. De facto, os ativos sob gestão no agregado destes produtos de investimento superava os 3,5 mil milhões de euros no final de 2017, enquanto que no final de janeiro do presente ano pouco passava dos 2,6 mil milhões de euros. O ano de 2018 foi particularmente mau para as diferentes classes de ativos, em termos de retornos, mas os investidores tiveram o sangue frio para assumir risco durante o ano e alocaram muita da sua liquidez em ativos de risco
No que se refere às quotas de mercado, a ordenação pela qual se apresentam os líderes da tabela não mostrou qualquer variação. A Caixagest mantém-se no primeiro lugar, com um pequena quebra da parcela de mercado que comanda para os 46,2%. Para efeitos de comparação, na globalidade dos fundos mobiliários domiciliados em Portugal, esta entidade gestora agrega cerca de um terço do mercado.
A BPI Gestão de Activos cresceu quase cinco pontos percentuais em quota de mercado, no período em análise, enquanto a IM Gestão de Ativos perdeu 3,9%, nesta medida. A Santander Asset Management mantém-se no quarto lugar da tabela, muito embora tenha perdido 1,1 pontos percentuais de quota de mercado.
Algumas mudanças no posicionamento do ranking aconteceram ao nível das entidades gestoras mais pequenas, nomeadamente com uma troca de posição entre a GNB Gestão de Ativos e a Montepio Gestão de Activos, bem como uma melhoria do posicionamento da Dunas Capital - com o fundo de tesouraria EuroBic - em relação à Popular Gestão de Activos - parte integrante do grupo adquirido pelo Grupo Santander.
