O mais recente leilão terminou com uma taxa de juro de 1,939% e com uma procura quase o triplo do montante pretendido pelo Estado.
O Estado Português voltou aos mercados, desta feita com um leilão de Obrigações do Tesouro com maturidade de dez anos, onde foram colocados um total de 782 milhões de euros. A taxa de juro fixou-se nos 1,939% (a taxa de juro na última emissão comparável foi de 1,854%) e a procura foi quase o triplo da oferta.
Sobre o mais recente leilão, Filipe Silva, diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa, começa por referir que a elevada procura “ demonstra o interesse dos investidores na taxa de juro paga por estas Obrigações do Tesouro”. Destaca, por outro lado, que o Estado português voltou a conseguir financiar-se a uma “taxa historicamente baixa para o risco português”, ainda que, para o profissional, o mais importante seja o facto de “Portugal emitir dívida longa abaixo do custo médio da dívida pública, cuja taxa (de cupão) média se situa nos 3,85%”, aponta. Por outro lado, considera que a subida ligeira da taxa em comparação com a anterior comparável “é um movimento que acompanha a evolução recente da curva da dívida soberana europeia”.