Um bom trimestre para a gestão de ativos e private banking do Santander Totta

Os resultados líquidos da Santander Totta, SGPS no primeiro trimestre de 2021 ascenderam a 34,2 milhões de euros, o que representa uma redução homóloga de 71,2%.  Contudo, o banco revela que os resultados do primeiro trimestre encontram-se influenciados positivamente pelo impacto não recorrente de cerca de 140 milhões de euros provenientes da gestão da carteira de títulos do banco. Destaque também para o registo de uma “provisão no valor de 164,5 milhões de euros (líquida de impostos), para fazer face a uma reestruturação do banco, em especial do quadro de recursos humanos”.

O total de recursos de clientes fechou o trimestre em 43,8 mil milhões de euros, equivalente a um crescimento de 5,0% face ao valor alcançado em março de 2020, “refletindo o contributo positivo da evolução dos depósitos (+3,5%) e do aumento expressivo dos fundos de investimento (+33,5%)”. O banco destaca subscrições líquidas de resgates perto de 300 milhões de euros no trimestre.

Private Banking

Sobre o segmento de private banking, o banco revela que o primeiro trimestre de 2021 revelou-se bastante positivo. “O enquadramento macroeconómico favorável, baseado numa expetativa de recuperação económica global, e o processo de vacinação em curso que, apesar de sofrer algumas oscilações, tem-se revelado eficaz no combate à Covid-19, favoreceram a valorização geral dos mercados acionistas, pese embora os eventuais receios inflacionistas terem impactado de alguma forma os mercados de taxa de juro”, introduzem. 

Neste sentido, destacam os seguintes indicadores: 

i) "o volume de património gerido com um crescimento de 4% no trimestre", 

ii) "produtos de desintermediação (fundos, seguros e gestão discricionária de carteiras) com um crescimento de 9% no trimestre", e 

iii) "aumento robusto da base de clientes, assente não só na atividade de prospeção externa, mas também com a colaboração importante da rede de balcões e de centros empresas na identificação de clientes deste segmento". 

Revelam também que estão em curso várias iniciativas de melhoria da “eficácia comercial” dos gestores de private banking, nomeadamente projetos de mobilidade, bem como iniciativas que vão melhorar a experiência dos clientes, que contribuirão para manter o elevado padrão de serviço prestado aos clientes. 

Santander Asset Management (SAM)

Ao nível da oferta da SAM em Portugal, revelam que esta foi “complementada com o lançamento de duas novas soluções inovadores, o Santander Investimento Global e o Santander Multi-Estratégia”, como lhe demos conta recentemente na FundsPeople.  

Já no que respeita aos fundos de investimento imobiliário, “destaca-se a operação de redução de capital do Fundo Novimovest, realizada em janeiro”. 

Relevam que se deu um incremento da carteira de fundos de investimento na ordem dos 288 milhões de euros, com a SAM a atingir uma quota de mercado, em março, de 17,7% (vs 17,5% em dezembro de 2020)

As soluções de reforma constituíram um foco comercial muito relevante. Esta tipologia de produtos cresceu 58 milhões de euros em formato Fundo (FPR’s) e 16 milhões de euros em formato Seguro (PPR’s), no trimestre”, pode ler-se no documento divulgado. 

Os seguros financeiros abertos encerraram o trimestre com 668 milhões de euros de ativos sob gestão, tendo beneficiado de subscrições líquidas de 17 milhões de euros. Destacam o volume de vencimentos ocorrido no período, que ascendeu a 119 milhões de euros. 

“Ao longo do trimestre, o banco continuou a privilegiar a melhoria da qualidade do serviço e da experiência do cliente, com desenvolvimentos no novo processo de contratação que irá permitir ao cliente fazer a contratação em qualquer lugar de forma rápida e simples. Por outro lado, manteve-se uma elevada cadência de webinars internos e externos sobre mercados e produtos financeiros”, indicam.