Para Peter Villax este tema tem duas dimensões. Por um lado, aquela que é “a progressão normal das empresas familiares em que, obviamente, há que profissionalizar. Há que dar espaço aos profissionais que, frequentemente, vão gerir melhor as empresas”. “Podemos chegar a um ponto em que os fundadores são um limite ao crescimento da empresa. Há pessoas muito mais inteligentes e competentes e há que ter a humildade para o reconhecer”, diz.
Dentro desta primeira dimensão, Peter Villax considera que é também importante que se garanta melhores relações entre os membros da família e a gestão, o que passa, também, por “envolver os jovens, para garantir a continuidade”.
Alinhado com este ponto, mas já numa segunda dimensão, muito mais recente, Peter Villax releva a necessidade de garantir a sustentabilidade e equidade nas vozes que se escutam. Releva, particularmente, a visão dos jovens e como esta é muito diferente da das gerações anteriores. “Em termos de valores, e sobretudo de percurso de vida, a visão das gerações mais jovens é muito diferente. Têm hoje em dia uma vida muito mais difícil do que as gerações anteriores, o que implica que os seus valores, ambições e noção do caminho para lá chegar é completamente diferente”, explica.
Para Peter Villax, se as empresas familiares querem que os membros mais jovens façam parte do projeto, é preciso uma abordagem diferente. “As empresas de sucesso são aquelas que conseguem modificar o seu discurso para interessar as novas gerações”, exclama.
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