Update a três fundos com selo Funds People da M&G Investments

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JDRAMIRE, Flickr, Creative Commons

A M&G Investments apresentou-se recentemente em Lisboa mostrando aos presentes uma conclusão inicial que, provavelmente, muitos já sabiam: a incerteza geopolítica está no topo dos receios dos investidores atualmente, sendo a guerra comercial entre os EUA e a China o grande tail risk na mente de quem tem de fazer escolhas de investimento.

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De uma vasta lista de fundos de investimento que a casa gestora apresentou ao mercado nacional, mostramos-lhe os principais e recentes movimentos em carteira do M&G Optimal Income Fund, fundo com selo de favorito dos Analistas e Blockbuster, e dos fundos flexíveis M&G Dynamic Allocation e M&G Conservative Allocation Fund, ambos classificados com o selo Blockbuster Funds People.

M&G Optimal Income Fund

O que funcionou bem para este portefólio este ano? Foram várias as coisas, explicou Ana Gil, CFA, investment director da entidade, na última visita a Lisboa. “Existiram algumas apostas que funcionaram bem, nomeadamente o overweight em crédito, de cerca de 7 anos, em comparação com a posição neutral de 33%, o que nos permitiu beneficiar da forte compressão que temos assistido nos spreads Investment Grade em termos globais”.

De forma similar, prosseguiu a especialista, a sobreponderação ao sector financeiro foi uma boa ajuda para a performance. “Apresentamos atualmente uma exposição de 13% ao sector. Esta é uma parte do mercado que se tem saído muito bem durante este ano, particularmente a dívida subordinada de entidades financeiras”, justificou. Por fim, o último impulsionador de rentabilidade foi o overweight preconizado ao sector de telecomunicações norte-americano. “Este é um sector do qual gostamos realmente, porque é composto por empresas que são menos cíclicas, que têm fundamentais muito bons, e que tendem a investir bastante no longo prazo”, apontou Ana Gil.

Na outra face da moeda ficou por exemplo a gestão da duração. “A nossa subponderação em duração não funcionou muito bem, sendo esta uma posição que adotámos este ano, mas também nos últimos anos. Sofremos com o impacto dos movimentos das yields das obrigações governamentais. Acreditamos que as yields nos níveis atuais, que estão negativas em quase toda a Europa, estão, em primeiro lugar, completamente distorcidas pelas políticas monetárias em prática, mas também completamente desconectadas dos fundamentais económicos”.

Tendo em conta este movimento menos certeiro, a entidade fala em cautela: “Temos sido muito cautelosos relativamente ao risco de duration do portefólio e a duração do fundo é de 1.7 anos no momento, ou seja estamos muito underweight”.

M&G Dynamic Allocation e M&G Conservative Allocation

A dar voz ao trabalho efetuado por Juan Nevado e Craig More nos fundos de alocação da casa esteve Susanne Grabinger, CFA, investment director, que fez também um update aos fundos Blockbuster Funds People M&G Dynamic Allocation e M&G Conservative Allocation.

“O fundo Dynamic allocation apresenta 60% de equity risk, e é aquele que tem mais risco, sendo gerido desde 2009. Em 2015 lançámos o conservador. Até ao final de setembro o Dynamic Allocation subiu 5,4%, e o conservative allocation fund 2,9%”, começou por explicar, referindo os drivers da performance. “As ações contribuíram positivamente, mas as obrigações governamentaiss foram um detrator da performance, nomeadamente desde o início do ano. Isto aconteceu porque estamos curtos neste ativo, já que acreditamos que o risco é assimétrico”, conta.  

Em termos de movimentos desde que 2019 começou, da entidade a responsável indica que têm sido bastante táticos nos movimentos executados, nomeadamente do lado das ações. “Atualmente no dynamic allocation temos 47% de exposição a ações, e 27% no conservador. Por outro lado, temos aumentado ligeiramente o número de posições em obrigações de mercados emergentes. Por fim, efetuámos um movimento de deixar de estar longo em dólar, para estar curto. O que nos define, é sermos muito flexíveis em cada um dos movimentos”, concluiu.

Confira abaixo os três cenários que a entidade gestora traça para os fundos:

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