Update do MFS Meridian Funds European Value Fund: Stockpicking em qualidade europeia

Florence Taj, Benjamin Stone e Pablo de la Mata, MFS IM noticia
Florence Taj, Benjamin Stone e Pablo de la Mata, MFS IM

Investir antes de especular. Não fazer caso do “ruído” nem das notícias a curto prazo. Analisar, não prognosticar. Centrar-se nos riscos decrescentes. Com estas quatro frases podíamos resumir a filosofia do MFS Meridian Funds European Value Fund. Este fundo de ações europeias é uma das estratégias estrela da MFS Investment Management.

O fundo mantém mais um ano o Selo FundsPeople 2021 pela sua tripla classificação ABC. É Favorito dos Analistas, Blockbuster e Consistente. Cabe recordar que o fundo está em soft close, fechado a novos investidores, o que não impacta investidores atuais.

A equipa gestora, composta por Pablo de la Mata, Benjamin Stone e Florence Taj, tem muito claro o seu elemento diferenciador. “Acreditamos que a análise fundamental bottom-up é a melhor maneira de identificar consistentemente ações de elevada qualidade”. O seu processo de investimento baseia-se em três princípios: evitar especular sobre informação que vai acontecer em breve e sobre o fluxo de notícias a curto prazo e manter-se fiel à sua estratégia.

Processo de investimento

O fundo procura empresas subvalorizadas em comparação com o seu valor intrínseco. E o seu universo são as ações europeias. Investe principalmente (pelo menos 70%) em valores de ações europeus. Alguns dos países da Europa, principalmente os da Europa de Leste, são considerados atualmente economias de mercados emergentes.

É provável que o contexto do mercado continue a ser desafiante durante os próximos meses, reconhece a equipa. “O regresso aos níveis económicos mundiais pré-pandémicos levará tempo e é possível que as atitudes do público e as preferências dos consumidores tenham mudado de forma permanente”, vaticinam. O seu remédio para os períodos de incerteza? Uma combinação de análise fundamental profunda e um horizonte temporal a longo prazo para ajudar a identificar os vencedores e perdedores mais prováveis.

Mas não é uma tarefa fácil. É difícil quantificar os impactos a longo prazo do surto de coronavírus com um certo grau de certeza. Continuam a monitorizar os impactos potenciais empresa por empresa.

Carteira do MFS Meridian Funds European Value Fund

Neste contexto, o MFS Meridian Funds European Value Fund continua a apostar em particular em características de qualidade e defensivas. Por uma procura por modelos de negócio sustentáveis, boa geração de free cash flow, balanço sólido, alavancagem adequadoa, bom governo corporativo e valorizações razoáveis.

Continuam a ter uma posição sobrepodenrada no setor industrial. Aqui predominam negócios que exibem muitos dos atributos que procuram. “Tendem a ter uma proposta de valor única ou superior em comparação com os concorrentes, posições de mercado sólidas e, em geral, são difíceis de deslocar”, explicam.

A carteira continua subponderada no setor financeiro. Não obstante, encontram ideias dentro do setor. De facto, continuam a preferir empresas financeiras mais diversificadas do que grandes bancos. “Acreditamos que a indústria bancária continua a ter desafios estratégicos devido aos problemas atuais relacionados com a dívida soberana, um contexto de taxas de juro baixas, desafios de regulamentação e o requisito de reposição de capital”, explicam.

Também estão subponderados no setor da saúde. Dentro do mesmo, as exceções são empresas com viés para a tecnologia médica. É um nicho onde os gestores veem impulsionadores de crescimento sustentáveis a longo prazo e valorizações atrativas.

Uma terceira subponderação está no setor energético. Preocupam-se com o facto de os seus ganhos dependerem em grande medida do nível de volatilidade dos preços das matérias-primas, que enfrentam desafios estruturais em torno das alterações climáticas e, em geral, é difícil sentirem-se confortáveis com o risco geopolítico implícito.