A FundsPeople perguntou aos gestores a sua visão de mercado atual, o seu posicionamento face a 2021 e as últimas mudanças realizadas na carteira.
O Nordea 1 – Stable Return é um dos fundos mistos de referência no mercado ibérico. O produto é gerido por Asbjorn Trolle Hansen, cogestor do fundo em conjunto com Claus Vorm e Kurt Kongsted, a quem a FundsPeople perguntou qual é a sua visão de mercado face a 2021, o seu posicionamento atual e as últimas mudanças realizadas na carteira. O objetivo? Conhecer o posicionamento do Nordea 1 - Stable Return face a 2021, um fundo com Selo FundsPeople 2020 pela sua dupla classificação de Favorito dos Analistas e Blockbuster.
As suas perspetivas para este ano são favoráveis graças ao desenvolvimento das vacinas assim como pelas políticas monetárias e fiscais.
“As ações deverão ter melhores resultados do que as obrigações. Os lucros esperados para 2021 são animadores, e esta deverá beneficiar do atual apetite pelo risco e pelo contexto de taxas baixas”, afirmam.
Atualmente, mantêm-se cautelosos nos mercados de obrigações. “As taxas das obrigações soberanas vão continuar ancoradas aos programas de compra dos bancos centrais e o crédito perdeu o seu atrativo devido às valorizações elevadas e a um risco de incumprimento cada vez maior”, explicam.
Dito isto, os gestores não posicionam a carteira com base em expectativas macroeconómicas. Continuam uma filosofia de investimento de equilíbrio de riscos, que permite manter a independência face ao futuro próximo.
Posicionamento atual
Os gestores mantêm-se fiéis à sua filosofia de investimento e a carteira continua a equilibrar fontes de retorno agressivas e defensivas.
“A maioria da nossa alocação estratégica em ações está centrada nas Stable/Low Risk Equities. As estratégias defensivas com maior alocação são as que se desenvolvem internamente. É o caso da estratégia em divisas, que conta com posições longas em yenes ou dólares, ou posições curtas em dólares canadianos ou australianos”.
No fim de dezembro, a duração modificada da carteira estava próxima dos 0,7 anos. A exposição líquida a ações chegou a 53%.
Últimas mudanças na carteira
O posicionamento estratégico da carteira não sofreu mudanças nos últimos três meses e continua a equilibrar fontes de retorno agressivas e defensivas.
“Este posicionamento costuma ser bastante estável no longo prazo e só sofre ligeiras mudanças quando se produz uma deteorização dos fundamentais. Ou se as correlações entre as fontes de retorno sofrerem variações. A nível tático, a curto prazo, encontramo-nos sobreponderados em ações e mantemo-nos cautelosos em obrigações”, concluem os gestores da Nordea AM.