Tal como já se tinha verificado nos dois primeiros meses do ano, o valor das carteiras sob gestão discricionária mantém a tendência de subida. Segundo a APFIPP, em março foi verificado um crescimento de 1,1% face a fevereiro.
O valor das carteiras sob gestão discricionária alcançou os 60.302,1 milhões de euros, de acordo com dados de 31 de março, divulgados pela APFIPP. Este valor representa um crescimento de 1,1% face ao mês de fevereiro.
Foi registado um aumento nos ativos sob gestão de 3,2% desde o começo de 2019. Já face ao período homólogo de 2018, o crescimento registado é de 3,4% nos montantes geridos.
Fonte: APFIPP
Sociedades gestoras
Com 23.089,3 milhões de euros, o que representa uma quota de 38,3%, a Caixagest é a sociedade gestora com maior volume de ativos sob gestão, cimentando, assim, o seu lugar. A gestora é seguida pela BMO Portugal, com 14.921,2 milhões de euros e uma quota de 24,7%, e pela BPI Gestão de Activos com 7.100 milhões de euros e uma quota de 11,8%.
A sociedade gestora que registou um maior crescimento no terceiro mês de março, tanto em termos percentuais como absolutos, foi a Santander Asset Management, com 4,7% e com 256,8 milhões de euros, respetivamente.
A Santander Asset Management é também a que regista o maior aumento percentual dos ativos geridos, com 8,6% (458,5 milhões de euros). Em termos absolutos, o maior crescimento foi o da Caixagest, com 562,1 milhões de euros (2,5%).
É importante referir que apenas são considerados os valores sob gestão discricionária de 11 Sociedades Gestoras de Patrimónios (SGP), Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento Mobiliário (SGFIM). A 31 de março de 2019, os montantes geridos por estas entidades representavam 91,0% do valor total de gestão individual de ativos em Portugal, segundo a CMVM.
Fonte: APFIPP
Clientes
Relativamente ao que à residência dos clientes, 98,2% dos ativos geridos são respeitantes a investidores residentes em Portugal.
No que concerne às categorias de clientes, 64,3% do total diz respeito às seguradoras, detendo, assim, o maior volume de ativos sob gestão, seguidas pelos fundos de pensões (20,6% do total) e pelos outros investidores (11,4% do total).
Estrutura da carteira
Fonte: APFIPP
No terceiro mês do ano a dívida pública (44,8%) e as obrigações diversas (24,3%), eram as classes de ativos com maior peso nas carteiras de Gestão de Patrimónios.
Em março, a “Dívida Pública” foi a classe de ativos que ganhou maior quota face às restantes e registou um aumento de importância relativa de 0,9%.
Desde o início de 2019, a classe de ativos “Liquidez e Outros” foi a que registou um maior aumento do peso na estrutura das carteiras de Gestão de Patrimónios, tendo passado de 10,4% para 13,3%.
Moeda dos Ativos
Fonte: APFIPP
Segundo a APFIPP, em março de 2019, 92,9% dos ativos detidos nas carteiras de Gestão de Patrimónios eram denominados em Euro, enquanto 5,8% eram denominados em Dólar dos Estados Unidos e 0,8% em Dólar de Hong Kong.