Fundos mobiliários e imobiliários decresceram, em conjunto, nos primeiros sete meses do ano mais de 7%. Veja as movimentações.
O relatório da CMVM intitulado de “indicadores de síntese do mercado de capitais português” é um excelente barómetro do que se passa nos mercados financeiros nacionais. Além de analisar a volatilidade e, principalmente, o principal índice de referência nacional, é possível verificar a movimentação da Indústria de Fundos de Investimento, embora com o desfasamento de um mês. Desta forma, no relatório de agosto é possível apenas verificar o mês de julho nesta temática.
Descida acentuada
Analisando os dois segmentos: mobiliário e imobiliário, verifica-se que em ambos a descida foi o “prato do dia” ao longo do ano. Por exemplo, os OICVM e os FIA – que são relativos aos fundos mobiliários – registam uma queda de quase 10% nos primeiros sete meses do ano, o que equivale a uma descida superior a 1.100 milhões de euros. O segmento fechou o mês de julho com um valor sob gestão de 10.795 milhões de euros.
No que diz respeito ao segmento imobiliário, a descida é mais modesta, na ordem dos 4,5%. Entre o final do ano passado e o último dia de julho, a queda foi de quase 500 milhões para um valor total de 10.720 milhões de euros.
Se juntarmos os dois segmento, então a queda total em sete meses é superior a 7%. No final de julho o valor dos dois segmento era superior a 21.515 milhões de euros, menos 1.600 milhões de euros do que o valor registado no final do ano passado.
O gráfico seguinte mostra a evolução no período em análise.

Fonte: CMVM. Valores em milhões de euros.