Ventos de mudança na indústria de distribuição de fundos

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epSos.de, Flickr, Creative Commons

A distribuição de produtos financeiros está a atravessar uma transformação em todo o mundo, com os gestores de ativos internacionais a serem forçados a responder a um novo contexto regulatório, a uma evolução dos canais de distribuição, e à proliferação de novas tecnologias. 

Na edição de maio do relatório The Cerulli Edge –Global Edition, a empresa de análise Cerulli examina precisamente quais são os grandes factores que estão a moldar as estratégias de distribuição das gestoras,  e como é que se estão a adaptar às mudanças de preferências dos distribuidores de fundos e dos investidores institucionais. 

No Reino Unido, a maioria do negócio está a evoluir via terceiros, e uma parte crescente via plataformas na internet”, diz Barbara Wall, diretora de análise para a Europa na Cerulli. “Esta é uma área onde a Cerulli prevê a continuação de um crescimento forte, e suponho que o resto da Europa siga esse exemplo”, diz. 

Plataformas ganham terreno

A empresa de research global destaca também que no seio da Europa as plataformas de fundos estão a ganhar força. Exemplo disso é a plataforma D2C (de distribuidor para consumidor), que se apresenta como o canal que mais cresce, sobretudo no Reino Unido. No entanto, a grande competição está a fazer com que os operadores das plataformas baixem as suas comissões ou até mesmo as eliminem. 

Outra tendência realçada, desta vez nos EUA, é a dos consultores de investimento que oferecem serviços electrónicos. Angelos, analista sénior da Cerulli Associates realça que “esta figura é uma espécie de start-up tecnológica e supõe uma ameaça cada vez mais séria para o segmento da gestão patrimonial”.