Entre relvados e outros palcos (Marta Reis)
Bem, não seremos exactamente nós... e também não sou eu, porque esta história não se conta num portuense azul e branco. Hoje “fala-se” alemão, porque é incontornável, só por isso, e quem viu a final da Liga dos Campeões percebe porquê. E porque será também inesquecível. Não pela particularidade de ter juntado pela primeira vez duas equipas alemãs, nem pelo facto de Bayern ter conquistado a quinta taça da ‘Champions’, mas pelo jogo em si.
Sábado, a mítica música dos Queen terá certamente ecoado pelas ruas de Munique, na celebração de uma vitória que aconteceu na terceira final disputada em quatro anos. É o que fica registado na história, o título. Mas o jogo... Aproveitando uma frase já outras vezes usada ao longo dos anos diria que esta final deveria ter tido dois vencedores, porque Bayern e Borussia de Dortmund fecharam a época de futebol 2012/2013 com uma excelente amostra de como se joga futebol. Ninguém terá saído de Wembley com a sensação de que era um perdedor; ou não deveria. O futebol alemão saiu inegavelmente vencedor e falado já como um exemplo, algo que vem acontecendo desde as vitórias destas duas equipas sobre Barcelona e Real Madrid nas meias-finais.
Confirmado o Bayern como campeão europeu, o foco passou de imediato a ser a Supertaça Europeia... não pelo jogo entre estes alemães e os ingleses do Chelsea, vencedor da Liga Europa. Mas porque, em Praga, a 30 de Agosto, reencontrar-se-ão Pep Guardiola e José Mourinho. Agora em países diferentes, com desafios diferentes... qual sairá vencedor? “We are the champions’ ouvir-se-á novamente em Munique dentro de três meses, ou antes nas ruas de Londres?
(Foto: ©UEFA.com)