A Funds People resume as principais ideias expressadas pelos profissionais da gestora num evento cobrado pela entidade em Londres. De olhos postos em 2016, aqui fica uma antecipação do que pensa esta sociedade gestora.
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O Media Forum celebrado pela Fidelity em Londres contou com a participação de reconhecidos profissionais da gestora, entre os quais Anna Stupnytska, economista global, Andree Wells, diretor geral de investimentos em obrigações, Catherine Yeung, diretora de investimentos em ações asiáticas, Paras Anand, diretor de ações europeias, Stephanie Sutton, diretora de investimento em ações e David Buckle, diretor de análise quantitativa. São várias as conclusões que se podem retirar das suas respetivas apresentações, opiniões que antecipam a visão desta sociedade gestora para o próximo ano. A Funds People reuniu em 20 tweets com hashtag #FidelityMF15 algumas das principais ideias transmitidas pelos profissionais da entidade durante o evento.
Anna Stupnytska, economista global
Tweet # 1: Espero uma fotografia mista para 2016 em termos de crescimento económico: final da política acomodatícia e a continuidade de uma divergência na evolução dos mercados emergentes.
Tweet # 2: Os factores que vão pesar no próximo ano sobre a evolução dos mercados emergentes será a desaceleração do crescimento da economia chinesa, as matérias primas e o endurecimento das condições financeiras. Terão lugar mini-ciclos.
Tweet # 3: Os principais riscos para o próximo ano são representados pela China, Estados Únicos e inflação, mas ainda assim o crescimento económico a nível global será mais acelerado.
Tweet # 4: Vejo um abrandamento do crescimento económico em Espanha, no próximo ano, embora não veja as eleições gerais que se celebrarão no próximo mês de dezembro como um risco.
Tweet # 5: China, India e Japão são os grandes beneficiados da queda do preço das matérias-primas. Por outro lado, os grandes perdedores são a Rússia, a Noruega, a Austrália, a Colômbia, o Canadá e o Chile.
Andrew Wells, diretor global de investimentos em obrigações
Tweet # 6: A liquidez atual que existe no mercado de obrigações está a kilowatts de distância da que se verificava há 15 anos. Um investidor que pretenda comprar hoje uma obrigação e vendê-la amanhã, terá um problema. A liquidez não anda por aí todos os dias.
Tweet # 7: A questão não é se a Fed vai subir as taxas de juro em dezembro, mas sim quantas vezes o fará ao longo de 2016. Espero que o ciclo de subidas se inicie dentro de algumas semanas, em dezembro, e vejo as taxas em torno de 1% daqui a um ano.
Tweet # 8: Dentro das obrigações, a dívida corporate oferece muitas oportunidades de investimento. Os investidores institucionais já se aperceberam disso. Atualmente, o maior risco não é o de default mas sim a atividade de M&A.
Tweet # 9: As ‘exigências’ dos clientes em 2016 estarão em consonância com a sua busca por rendimento, focando-se na diversificação, preocupando-se com a liquidez e buscando um beta mais inteligente.
Tweet # 10: A única defesa possível face a um aumento da volatilidade e uma redução da liquidez no mercado de obrigações é a diversificação.
Catherine Yeung, diretora de investimento em ações asiáticas
Tweet # 11: A história de crescimento económico de longo prazo da Ásia, impulsionada principalmente pelo consumo, permanece intacta, com a vantagem de agora as valorizações oferecidas por este mercado serem ainda mais atractivas.
Tweet # 12: O crescimento económico da China está a abrandar e isso afecta muitos sectores. Contudo, o importante não é a quantidade mas sim a qualidade desse crescimento. Para a China, a inovação é uma prioridade. É chave para a sua economia. Esperamos que essa tendência se mantenha.
Tweet # 13: De um ponto de vista de análise de múltiplos, a China negocia em níveis realmente atractivos. O consumo continua a ser a grande história na China. É uma tendência que durará décadas. Actualmente, apenas 4% da população tem passaporte. Pergunto: o que acontecerá com o turismo quando a população da China começar a viajar?
Stephanie Sutton, diretora de investimentos em ações
Tweet # 14: Se a sua aposta é pela inovação, então os Estados Unidos são o mercado onde tem que estar.
Tweet # 15: Esperamos uma continuação da atividade de fusões e aquisições, especialmente no sector energético, onde vemos uma tendência de consolidação.
David Buckle, diretor de investigação quantitativa
Tweet # 16: Com uma política monetária tão acomodatícia, os investidores devem asumir mais risco a fim de alcançar os seus objetivos de rentabilidade. Devem orientar a sua estratégia a partir de 3 pilares: diversificar, diversificar e diversificar.
Tweet # 17: Neste momento, a diferença entre os treasuries e os bunds é que ninguém está a comprar dívida norte-americana, enquanto no caso das obrigações soberanas alemãs há o BCE, como comprador nº1.
Paras Anand, diretor de ações europeias
Tweet # 18: A procura do consumidor alterou-se. Antes de usar determinados jeans ou beber um refrigerante ‘da moda’ criava elos de ligação entre as várias sociedades. Hoje em dia, a preferência vai para produtos personalizados. Algumas grandes marcas optam, inclusivamente, por ter produtos customizados.
Tweet # 19: O período no qual as empresas conseguiam ter vantagens comparativas é cada vez mais pequeno.
Tweet # 20: No atual contexto é necessário dispor de um número mais amplo de ferramentas que permitam fazer a correta avaliação do preço dos ativos.