Já Rui Broega, diretor coordenador de gestão de ativos do Banco BIG, começou por admitir que recentemente aumentou a exposição a crédito, nomeadamente ao mercado norte-americano e europeu. À semelhança de Almudena Mendaza, menciona que também prefere o segmento de investment grade face ao de high yield. “Em períodos de pânico, tal como ocorreu em março de 2020, os investidores tendem a favorecer o investment grade por oposição a high yield porque há mais liquidez nessa área”, afirma. Contudo, o profissional do Banco BIG dá uma outra razão para estar a investir em crédito: “Os fundamentais estão muito interessantes. Muitas empresas refinanciaram as suas dívidas nos últimos anos a baixas taxas e estão agora mais saudáveis, e menos alavancadas”.
Na verdade, Rui Broega interpreta que este é o momento pelo qual muitos investidores esperavam. “Nos últimos anos, muitos investidores comentaram que não conseguiam yield neste mercado. Contudo, atualmente, as yields estão a níveis muito atrativas”, defende. E não tem medo de mais um forte sell-off no mercado. Reitera que tal movimento apenas o levaria a duplicar a sua exposição a este mercado.
Em termos setoriais, o profissional apresenta que gosta especialmente das empresas financeiras, “até porque, se as taxas de juro subirem ainda mais, esse movimento será positivo para este tipo de empresas”.
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