A indústria de fundos encaminha-se para fechar outro ano record em plena crise

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Charles Clegg, Flickr

Que crise económica? A indústria de fundos europeia encaminha-se para fechar outro ano record. Após sofrer uma queda no património total de 11% no primeiro trimestre e recuperar 8,3% no segundo, o património sob gestão em fundos na Europa fechará o ano a superar o número record de 2019, apesar de tudo. São as estimativas da EFAMA, associação europeia de fundos de investimento e gestão de ativos.

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Os ativos sob gestão na Europa ascenderam aos 25,8 biliões de euros no fim de 2019. Graças às notícias positivas do desenvolvimento de vacinas para a COVID-19, a associação considera muito provável que a revalorização das carteiras permita terminar o ano em terreno positivo.

A percentagem de património em relação ao PIB da Europa ronda os 157% no fim da segunda metade deste ano. É um aumento bastante brusco em três meses. Recordemos que no primeiro trimestre esse rácio desceu para 145%. É preciso ter em conta que esta mudança tão marcada reflete a forte subida dos mercados ao mesmo tempo que a atividade económica no país está a sofrer um declive severo.

Contudo, a indústria voltará a marcar outro nível histórico em ativos após mais de uma década de crescimento quase ininterrupto. Desde a crise de 2008, o património aumentou tanto por captações como pela revalorização dos mercados ano após ano. Na década de 2008 a 2017 isto representa um aumento de 120%. Mas a verdadeira recuperação nota-se a partir de 2013, após a crise da dívida da Europa.