Conheça a opinião da Schroders e da BlackRock sobre o assunto que parou os EUA e que prometia causar mossa nos restantes mercados. Até fevereiro, o problema está resolvido.
Ao fim de mais de duas semanas de impasse, as questões dos gastos federais e o aumento do teto da dívida, nos EUA, foram resolvidas, ainda que a tempo de evitar impactos maiores no mercados e no globo.
Para o Chief Economist da Schroders, Keith Wade, “as medidas acordadas vão manter o governo federal em execução até 15 de Janeiro e eleva o teto da dívida até o dia 7 de fevereiro. Há também instruções para que as negociações sobre o Orçamento se concluam até 13 de dezembro”.
“O risco de incumprimento por parte da "maior" nação do mundo foi evitado e os funcionários públicos podem voltar ao trabalho. A máxima de Winston Churchill de que os americanos fazem sempre a coisa certa, mas só depois de ter esgotado todas as alternativas , parece ter acontecido mais uma vez”, continua o responsável da gestora.
Já para Russ Koesterich da BlackRock, “este acordo evita o pior cenário de um default de dívida técnica, mas que vai estar de volta daqui a poucos meses. O atraso e a natureza temporária do acordo vai produzir um arrasto modesto na economia e, provavelmente, também sobre os lucros corporativos do quarto trimestre e ao mesmo tempo aumenta a volatilidade do mercado".
"A paralisação terá deprimido o crescimento dos EUA, embora os trabalhadores irem receber salários atrasados e os empreiteiros podem voltar ao trabalho. Ainda assim, haverão muitos que se perderam em gastos que não vão voltar. Segundo a Bloomberg, a Standard & Poors acha que este imbróglio custou à economia dos EUA 24 mil milhões de dólares, ou cerca de 0,6 do PIB no quarto trimestre”, afirma o responsável da Schroders.
“O acordo vai produzir algum entrave na economia norte-americana , aumentar a volatilidade e, provavelmente, produzir alguma resistência ao modesto lucro do quarto trimestre”, confirma o responsável da BlackRock.
Sobre as implicações do investimento, o responsável da BlackRock afirma que “as taxas de juros devem permanecer razoavelmente bem contidas - um fator positivo para os títulos de alto rendimento – e a turbulência nos EUA significa que as ações internacionais , incluindo os mercados emergentes , devem continuar em alta".
E as carteiras?
Com este panorama o que é que os investidores devem considerar nas suas carteiras?
Russ Koesterich, da BlackRock, afirma que “a Fed deverá manter um ambiente monetária acomodatício por mais tempo. Isto sugere um backup mais lento das taxas de juros. Os investidores que não o fizeram deveriam reduzir o seu excesso de peso dos EUA. Nos últimos três meses, os mercados internacionais já superarm os EUA em mais de 500 pontos base."