Num mês de retornos pouco atrativos, quatro dos fundos nacionais mais rentáveis investem em ações norte-americanas. Ainda assim, no ranking de melhores resultados, há opções para “vários gostos”.
Comparativamente com o mês de outubro, em novembro os fundos mobiliários nacionais moderaram relativamente as suas rendibilidades. Dados da Morningstar Direct mostram que o produto mais rentável do mês não foi além dos 2,79% de retorno no período, enquanto que em outubro o “vencedor” superava largamente os 7% de ganhos no mês.
Embora os fundos de ações continuem a ser “reis e senhores” do top de mais rentáveis, a miscelânea de temas na lista de novembro é evidente, embora clara seja também a preponderância de fundos de ações americanas: quatro fundos nos treze mais rentáveis, e com retorno superior a 0,5%.
O vencedor do mês faz jus precisamente a essa temática: trata-se do BPI América classe E - investe em ações cotadas em dólares com proteção cambial – e no mês de novembro alcançou um retorno de 2,79%. Com mais de 17 milhões de euros de ativos sob gestão, o produto a cargo de José Badalo apresentava em outubro uma maior exposição aos sectores de Tecnologia (22,2%) e Consumo Não-cíclico (20,2%). O mesmo produto mas classe D, cujo investimento é feito em dólares e sem proteção cambial, está também patente neste ranking com uma rentabilidade mais baixa, no caso de 0,88%.
O segundo lugar do ranking cabe a um fundo de uma geografia distinta, mas também ele gerido pela BPI Gestão de Activos, tal como o antecessor. Falamos do BPI África, gerido por Teresa Pinto Coelho, que no mês de novembro conseguiu 2,64% de rentabilidade. Segundo as informações disponibilizadas pela ficha de produto de outubro, nesse mês o fundo alocava, em termos geográficos, quase metade do seu portefólio à África do Sul (45,1%). A mesma informação dava conta que a empresa de media Naspers era a maior posição em carteira deste fundo (6%), a par da retalhista de saúde e beleza New Clicks (5,8%).
Apesar da preponderância dos fundos de ações América, no top 3 de mais rentáveis há lugar para um fundo de obrigações governamentais europeias. Trata-se do NB Obrigações Europa, gerido pela GNB Gestão de Ativos, que no período alcançou 1,83% de retorno. O fundo a cargo de Vasco Teles apresentava em carteira, nas maiores posições, obrigações do tesouro italiano e alemão.
Os três fundos seguintes no ranking são pertencentes à Caixagest: Caixagest Infraestruturas, Caixagest Matérias Primas e Caixagest Acções EUA, com retornos de 1,67%, 1,50% e 1,12%, respetivamente.
Os fundos mobiliários com retornos superiores a 0,5% em novembro
Fundo |
Morningstar Category |
Gestora |
Retorno total no mês de novembro (%), em euros |
BPI América E FIAA |
US Large-Cap Blend Equity |
BPI Gestão de Activos |
2,79 |
BPI Africa FIAA |
Africa Equity |
BPI Gestão de Activos |
2,64 |
NB Obrigações Europa FIMAO |
EUR Government Bond |
GNB GA |
1,83 |
Caixagest Infraestruturas FIAM |
Fund Other |
Caixagest |
1,67 |
Caixagest Matérias Primas FIAMA |
Commodities - Broad Basket |
Caixagest |
1,50 |
Caixagest Acções EUA FIMAA |
US Large-Cap Growth Equity |
Caixagest |
1,12 |
Santander Acções América FIMA |
US Large-Cap Blend Equity |
Santander Asset Management |
0,92 |
BPI América D FIAA |
US Large-Cap Blend Equity |
BPI Gestão de Activos |
0,88 |
NB PPR FIM |
EUR Cautious Allocation |
GNB GA |
0,80 |
IMGA Acções América FIAA |
US Large-Cap Blend Equity |
IM Gestão Activos |
0,66 |
BPI Universal FIMA |
EUR Moderate Allocation - Global |
BPI Gestão de Activos |
0,57 |
Montepio Multi Gestão Merc. Emg. FEIA |
Global Emerging Markets Equity |
Montepio Gestão de Activos |
0,57 |
BPI Reestruturações FIAA |
Global Large-Cap Blend Equity |
BPI Gestão de Activos |
0,54 |
Fonte: Morningstar, 30 de novembro.