Ações: as "meninas" prodígio de 2015?

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Asarum Images (asarumimages.weebly.com), Flickr, Creative Commons

Muitos foram os que no final de 2013 foram falando de uma grande rotação das obrigações para as ações, que, supostamente, teria lugar em 2014. Findo este ano, outros tantos especialistas consideram que essa mudança não foi assim tão efetiva, tratando-se sim de uma normalização em vez de uma grande rotação.

Para 2015, as gestoras portuguesas são quase unânimes ao definir as ações como a classe de ativos com maior potencial no ano que agora começa. São várias as razões que suportam esse “favoritismo” do mercado bolsista face às obrigações: por um lado o crescimento económico global, os bons desempenhos das empresas e os múltiplos dos preços são atrativos e, por outro, as políticas monetárias continuam a privilegiar os ativos de risco. Resumindo, o ambiente monetário expansionista deverá ser favorável para as ações em 2015.

Em busca da Europa... mas não só

No que diz respeito à preferência que as entidades gestoras traçam no universo das ações, as opiniões não são consensuais. Se por um lado algumas entidades escolhem sobreponderar as ações europeias, por outro, em 2015, outras casas falam do potencial das ações americanas e dos mercados emergentes.

As gestoras que mais “olham” para as bolsas do velho continente, entendem que na Europa os prémios de risco ainda estão acima da média dos últimos anos, contrariamente aos EUA. Também factores como a depreciação do Euro ou a própria queda do petróleo são factores que poderão potenciar o bom comportamento deste ativo, como referia a Millennium Gestão de Activos nas suas perspetivas para o novo ano.

Ainda que as ações já tenham apresentado fortes valorizações, na opinião da maioria das entidades nacionais, o atual ambiente de política monetária continuará a ser estimulante para o mercado acionista.  Esta é a opinião por exemplo da equipa portuguesa de banca privada do Credit Suisse, que estrategicamente fala de um forte posicionamento em ações europeias, norte-americanas e asiáticas (por esta ordem).

A maioria das casas nacionais veem com maior interesse as ações dos mercados desenvolvidos em 2015, sendo mais cautelosos relativamente às bolsas dos mercados emergentes. Ainda assim, no caso do Banco Português de Gestão, perspetivam uma sobre-exposição à componente das ações focadas nos EUA, mas também nos mercados emergentes da Ásia Pacífico”.