O processo de investimento deste fundo da Arcano baseia-se em selecionar as emissões de dívida corporativa europeia que apresentam um retorno recorrente por cupão com menor volatilidade.
Não é habitual encontrar fundos de gestoras espanholas na reduzida lista de fundos com Rating FundsPeople+, mas há sempre exceções. Uma delas é o fundo da Arcano, o Arcano Low Volatility European Income ESG Selection, conhecido na indústria como LoVEI.
Trata-se de um fundo que tem como principal objetivo conseguir um fluxo de retornos para os seus participantes que seja “recorrente, atrativo e sustentável para os investidores”, segundo explica o seu gestor Alessandro Pellegrino.
Como é que o fundo investe
O processo de investimento baseia-se em selecionar as emissões de dívida corporativa europeia que apresentem retornos recorrentes por cupão com a menor volatilidade – reduzem ao máximo tanto o risco de crédito como de duração – com uma abordagem bottom-up.
Para atingir o seu objetivo de income recorrente e de baixa volatilidade, o fundo sobrepondera ativos altamente defensivos, incluindo instrumentos de taxa flutuante e de curta duração ou obrigações senior secured. Além disso, a equipa de investimentos mantém sempre uma abordagem defensiva de investimento e desinvestimento, uma vez que investe principalmente em nomes de elevada convicção e aplica uma política defensiva de desinvestimento baseado nos resultados operacionais e de preços.
Embora o processo de investimento do LoVEI seja único, é muitas vezes comparado com os fundos high yield de curta duração, as estratégias de taxa flutuante ou com as estratégias que investem no universo BB/BBB.
Uma carteira à prova de bala
Este fundo da Arcano aproxima-se do seu sétimo aniversário e, ao longo deste tempo, em que experienciou diferentes e variados ciclos em obrigações, demonstrou uma consistência nos seus resultados que, entre outras coisas, o levou a ser distinguido com o Rating FundsPeople+.
De facto, o fundo apenas teve um ano negativo (2022) desde o seu lançamento, e, mesmo nesse ano, conseguiu minimizar as quedas até 5,5%, em comparação com os índices de crédito europeu high yield e investment grade, com descidas de 11,6% e 13,9%, respetivamente. Além disso, tem sido particularmente rápido a recuperar das descidas, como demonstrado pela sua evolução em 2023.
“Isto foi conseguido porque, embora a nossa estratégia de investimento não esteja sujeita a alterações contínuas, a gestão ativa diária permite-nos adaptar a carteira aos diferentes contextos de investimento. Por exemplo, temos em conta considerações macroeconómicas para evitar setores ou países onde acreditamos que o retorno pode não ser ótimo no futuro imediato. Também ajustamos a nossa alocação a títulos de dívida fixa ou floating debt, BBB/BB/B e de curta/longa duração em função da nossa visão do mercado”, explica Alessandro Pellegrino.
Posicionamento atual
A alteração na política de taxas levada a cabo pelo BCE obriga-os a serem mais seletivos no universo de obrigações, após um par de anos de ganhos em quase todos os segmentos e tipos de ativos. Onde estão agora as melhores oportunidades? “A nossa visão do mercado de obrigações europeias para 2025 baseia-se num contexto de empresas saudáveis, com fundamentais fortes que beneficiarão de taxas de juro mais baixas e de um sentimento de crescimento moderado. Em termos de valorizações, observamos yields de entrada que continuam a ser muito atrativas”, afirma o gestor do fundo.
A carteira do fundo mantém-se estável e semelhante ao que era em 2024, “com obrigações BB e os híbridos corporativos como instrumentos favoritos e localizando atualmente as melhores oportunidades em setores defensivos como a saúde, os serviços, as infraestruturas e as telecomunicações, sempre com o foco na geração de fluxos”, explica.