As carteiras das gestoras de patrimónios ficam mais conservadoras

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Tax Credits, Flickr, Creative Commons

Na sua globalidade, no período de 12 meses que terminou em março de 2017, as carteiras das gestoras de patrimónios  (associadas da APFIPP) não evidenciaram uma flutuação significativa das alocações às diferentes classes de ativos. No entanto, as pequenas variações que se deram no período, bem como a fotografia geral, são coerentes com o perfil conservador tão característico do mercado português.

O que observamos entre ambas as datas é a redução da exposição a ações e obrigações, e um aumento do peso da dívida pública e fundos de investimento nas carteiras.

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Em termos desagregados podemos observar que o segmentos de ações nacionais se manteve relativamente estável, enquanto que o peso das ações europeias, americanas e de outras regiões, incluindo, certamente, os mercados emergentes, recuaram significativamente.

No segmento de obrigações, é perceptível uma reorientação do investimento de obrigações em euros para obrigações em dólares, reflexo de maiores rentabilidades relativas do outro lado do atlântico, onde as expectativas de inflação começam a acelerar e a política monetária está alguns passos à frente no ciclo de contração. A exposição a dívida corporativa em outras moedas, já de si marginal no conjunto deste segmento, recuou mais de 68% no período.

Na exposição a fundos mobiliários realça-se um crescimento em todos os sub-segmentos à exceção das categorias ‘outros’. Os fundos monetários continuam em destaque, especialmente os fundos monetários estrangeiros cujo peso cresceu mais de 20 vezes nos portefólios em análise.

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