O ranking das categorias Morningstar por número de fundos e ativos sob gestão reflete bem o caráter conservador do mercado português.
Conservadorismo. É a característica com que, unanimemente, os diferentes agentes do mercado de gestão de ativos em Portugal classificam o cliente português. Sendo assim, não será de estranhar que seja em categorias por definição mais conservadoras que as entidades gestoras mais apostam, com o lançamento de fundos, mas também as que mais atraem ativos dos investidores.
No entanto, o que observamos é que a categoria (categoria Morningstar) que engloba um maior número de estratégias de investimento não ocupa os lugares inferiores na escala do risco, mas sim um lugar intermédio. Falamos da categoria Moderate Allocation – Global que, agregando 20 fundos nacionais, é a líder destacada no ranking por número de fundos.
Contudo, aglomerando 40 estratégias de investimento, as seguintes quatro categorias por número de fundos são bem representativas do perfil conservador referido anteriormente. Falamos das categorias de Cautious Allocation, Diversified Bond e as ulta conservadoras Diversified Bond – Short Term e Ultra Short-Term Bond. Destaque também para os 7 fundos na categoria de Portugal Equity, um segmento natural para o mercado português dada a proximidade com o universo de investimento.
Olhando para as categorias mais representativas por ativos sob gestão o panorama passa a refletir melhor o caráter do mercado. A categoria que lidera o ranking por número de fundos desce agora para sexto lugar, agregando apenas pouco mais de 600 milhões de euros em ativos. Por outro lado, as categorias de Money Markets, Ultra Short Term e Short Term Bond agregam em conjunto cinco mil milhões de euros. Porém, é a segunda categoria no ranking por número de fundos que toma a dianteira dos ativos sob gestão, superando o mercado monetário por menos de 100 milhões de euros e agregando pouco mais de 2.260 milhões de euros.