Adelaide Marques Cavaleiro explica os moldes da parceria com a Zurich, no “desenho” deste produto, no qual as rentabilidades têm vindo a crescer.
O BBVA Unit Linked, gerido pela BBVA Asset Management Portugal, tem vindo a solidificar resultados ao longo dos últimos anos. Constituído atualmente por quatro fundos – UL Obrigações, UL Acções, UL Fundos Dinâmicos e UL F3X3 – o produto assenta numa parceria com a companhia de seguros Zurich.
Destino: banca privada
À Funds People, Adelaide Marques Cavaleiro, da entidade, começou por sublinhar precisamente que “os produtos BBVA Unit linked são a solução de investimento que tem apresentado maior crescimento nestes dois últimos anos, tendo como destino sobretudo o segmento de banca privada do banco”. Analisando as rentabilidades líquidas dos fundos a evolução é evidente. A título de exemplo pode referir-se que o UL Obrigações apresentou uma rentabilidade líquida de 14,32% em finais de 2013. O UL Acções, por outro lado, no mesmo período apresentou uma performance de 30,21%.
A profissional do BBVA explica que “esta solução está integrada num serviço de pós venda, onde o cliente, através de um site específico, acompanha regularmente a sua carteira e o posicionamento do produto em cada momento”. Num trabalho conjunto entre o BBVA e a Zurich, o desenho dos produtos assenta numa “gestão ativa e global de asset allocation”.
Gestão ativa
“Desenvolvemos os UL de Acções e Obrigações, onde se privilegia a rotação entre estas duas categorias de activos, em que se procura através do investimento directo e indirecto, usufruir de uma gestão flexível do asset allocation”, diz. Ao nível dos UL Fundos Dinâmicos e 3x3 as entidades procuram “privilegiar o investimento em fundos de terceiros e ETF´s, sendo que em cada um dos dois perfis de risco se combina um conjunto mais alargado de classes de ativos”. Ao nível da revisão das carteiras, a profissional, destaca que estas são “geridas activamente”, sendo que “o seu posicionamento é revisto numa base semanal”.
Como controlar o risco?
Cada um dos UL “possui um intervalo de asset allocation bastante alargado e ajustado a cada perfil de risco”. Adelaide Marques Cavaleiro refere que para o controlo do binómio risco/rentabilidade muito contribui a gestão ativa aplicada a cada uma das carteiras, mas não só. “A gestão ativa permite que em cada um dos portfólios a exposição a ativos de risco se mova com alguma frequência nos extremos de cada intervalo. Se juntarmos a capacidade de investir globalmente, retirando partido das correlações dos diferentes ativos e das distintas geografias, acabamos por ter uma exposição mais controlada a ativos de risco, o que nos permite alcançar um melhor binómio de risco retorno”, acrescenta.
Quality Funds: marca de confiança
Ao nível dos fundos que compõem as carteiras, a profissional do BBVA “confia” na Quality Funds, uma plataforma desenvolvida pelo grupo BBVA, que analisa fundos de terceiros. Nesta perspetiva de manterem um cunho de credibilidade, a responsável explica que “em geral é analisada e monitorizada a consistência de resultados de gestão, mas também o seu nível de controlo de risco operacional ou a fiabilidade da gestora, do custodiante e do administrador”. No que diz respeito aos critérios de seleção dos fundos “estão definidos na Quality Funds vários filtros quantitativos prévios, como pelo menos 3 anos de track record ou um valor mínimo de 200 milhões de euros de ativos sob gestão”, conclui.