No início do ano, o Caixa Ações Europa Socialmente Responsável obteve a classificação de artigo 9º. Três meses depois, eis que a Caixa Gestão de Ativos faz o mesmo movimento, desta fez com o Caixa Investimento Socialmente Responsável.
Depois de em janeiro de 2024, o Caixa Ações Europa Socialmente Responsável ter obtido a classificação de fundo artigo 9º, ao abrigo do regulamento SFDR, eis que a Caixa Gestão de Ativos segue esse movimento com mais um produto. Segundo Rui Nunes, responsável de Investimentos Multiativos e Sustentabilidade da Caixa Gestão de Ativos, expandir a abordagem seguida no fundo de ações europeias para um fundo multiativos foi "um passo natural". O Caixa Investimento Socialmente Responsável, incorpora na sua gestão, desde o seu lançamento, em 2017, "uma abordagem de investimento socialmente responsável, em paralelo com a abordagem fundamental de investimentos". Depois de um reposicionamento do fundo, no sentido de "vincar ainda mais as suas valências através da incorporação explícita de um objetivo de investimento sustentável na sua gestão" este fundo vê, portanto, a sua classificação atualizada também para artigo 9º. Algo que reflete, nas palavras do gestor da entidade portuguesa, "a crescente ambição da Caixa Gestão de Ativos" nesta matéria.
Este fundo multiativos, apresenta uma carteira composta "exclusivamente por emitentes sustentáveis, conforme exigido pela legislação SFDR", que estejam alinhados com o objetivo de investimento sustentável a que o fundo se propõe. Para tal, diversos critérios e variáveis são tidos em conta, tais como "o nível de sustentabilidade de cada emitente, o alinhamento com a taxonomia ambiental europeia, a existência de um compromisso enquadrado cientificamente de redução de emissões de efeitos de estufa, o alinhamento da sua atividade com pelo menos três dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ou, no caso de obrigações soberanas, as mesmas serem classificadas como green bonds".
Temas preferenciais
Com o propósito definido de "proporcionar aos participantes acesso a uma carteira diversificada de emitentes com diferentes graus de risco e rentabilidade" e recurso a diversos instrumentos financeiros, a gestão do fundo prioriza nomes que se destaquem em áreas como direitos humanos, impacto ambiental e gestão de recursos humanos. Na esfera ambiental privilegiam-se temas como "energias alternativas, eficiência energética e/ou carbónica, prevenção da poluição, construção sustentável, sustentabilidade hídrica e agricultura sustentável" e na esfera social, "saúde, nutrição, saneamento e financiamento a pequenas e médias empresas", são temas preferenciais.
Feitas as contas, acrescentando mais um fundo artigo 9º, o mercado nacional conta agora com sete fundos assim classificados, geridos por entidades portuguesas.