Certificados de aforro aumentam subscrições líquidas

Os Certificados do Aforro, nos primeiros cinco meses do ano, aumentaram as suas subscrições em 52 milhões, passando para um saldo acumulado de 9,72 mil milhões de euros, de acordo com o boletim mensal divulgado pelo IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública.

Até maio, houve 437 milhões de euros subscritos nos Certificados de Aforro Série C, sendo que os resgastes se situaram em 385 milhões de euros. Durante o mês de junho, o saldo também é positivo, tendo aumentado o saldo acumulado em 29 milhões de euros, fixando-se nos 9,75 mil milhões de euros.

Para Nuno Antunes, da Gestão de Ativos do BANIF, o "recente aumento do interesse por estes produtos em concreto poderá dever-se ao facto de o IGCP, em Setembro de 2012, ter estabelecido um regime mais atractivo (prémio fixo de 2,75% a acrescer à taxa base) e estável (até final de 2016). As taxas dos Certificados de Aforro da série C fixaram-se em 3.189% para subscrições efectuadas em Agosto de 2013".

Já nos Certificados do Tesouro, as amortizações registadas em Junho foram de quatro milhões de euros, mantendo um nível semelhante às dos meses anteriores.  O saldo acumulado situava-se em 1,39 mil milhões de euros, mostra o boletim mensal divulgado pelo IGCP. De realçar, também, que as subscrições dos Certificado do Tesouro estão suspensas desde o início do passado mês de Setembro.

Em relação à dívida pública transacionável, apenas o Euro-Commercial Paper (ECP) sofreu um revés no seu saldo acumulado nos cinco primeiros meses do ano, com subscrições líquidas negativas na ordem dos 702 milhões de euros. Já os Bilhetes do Tesouro e as Obrigações do Tesouro tiveram mais emissões que amortizações, aumentando em 1830 e 5356 milhões de euros, para o saldo acumulado de 17,7 e 93,6 mil milhões de euros, respetivamente. De realçar que estes dois produtos estatais representaram, em julho, cerca de 2,3% da carteira do fundos de investimento nacionais, segundo os dados da CMVM.